Prefeito se fortalece e esvazia agrupamento de Fábio Mitidieri em Neópolis


15/01/2024 16:43

por Daniel Rezende

O ano eleitoral de 2024 começou a mil em Neópolis, município estratégico do Baixo São Francisco e atualmente em voga pela assinatura da ordem de serviço da ponte que ligará o município a Penedo. Por lá o cenário de indefinições para a disputa pela Prefeitura Municipal tem apimentado os bastidores, ainda mais com a recente “jogada de mestre” do prefeito Célio Lemos (PL).

De uma só tacada, o prefeito trouxe para o seu agrupamento os ex-prefeitos Felipão Barreto, Dr. Luizinho e Carlinhos e o ex-vereador e coordenador de campanha do opositor Alysson Tojal (PSD), Augustinho. Célio esvaziou o grupo do governador Fábio Mitidieri (PSD) na cidade e deixou o pré-candidato e diretor do Hospital de Neópolis, Alysson, a ver navios.

Essas lideranças assumiram cargos estratégicos na gestão, com autonomia para se fortaleceram politicamente e sob a perspectiva de que o grupo ainda não possui um candidato escolhido para liderar a sucessão a partir de julho. Ou seja: Quem estiver mais bem avaliado, vai ser o escolhido para encabeçar a chapa e enfrentar a disputa.

Outros dois personagens políticos relevantes, a empresária Cláudia Passos e o vereador João Cabeção, já perceberam que não há espaço para diálogo no agrupamento de Alysson e deverão se lançar como terceira via ou até mesmo compor com o agrupamento de Célio. É unânime em Neópolis que o projeto de Alysson e seu pai Amintas é a centralização de poder familiar. Quem tem o sobrenome Tojal manda e quem não tem obedece.

A dor de cotovelo dos Tojal foi tão longe que, vendo o protagonismo de Célio na histórica assinatura da ordem de serviço da ponte, eles rapidamente distribuíram nas mídias sociais, bem como na mídia tradicional, um vídeo em que criam um cenário ilusório de atrito entre o prefeito e o governador Fábio durante os discursos destes no evento. Quem estava presente não interpretou desta maneira, apesar de Célio ser uma figura declaradamente ligada ao opositor de Fábio, senador Rogério Carvalho (PT).

Este e outros ataques têm nome e principalmente um sobrenome que parece cada vez mais ser rejeitado pela população e pelas lideranças.


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