Edvaldo percebe que não consegue formar grupo e pressiona Fábio para salvar o seu projeto

Da Redação Política de Fato

Desde o último ano que o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), tenta, a todo custo, mostrar força política para alavancar a pré-candidatura de seu fiel escudeiro Luiz Roberto (PDT). Sabe-se que esse projeto faz parte do acordo firmado com o governador, Fábio Mitidieri (PSD), em 2022, quando Edvaldo abriu mão da candidatura ao governo, mesmo pontuando melhor nas pesquisas.

Com o tempo, uma conjuntura aparentemente definida foi se tornando um campo aberto para as lideranças da base governista. Edvaldo se enganou ao pensar que teria apoio maciço após apontar o nome da sua sucessão. Luiz Roberto não foi, aparentemente, bem aceito pelo grupo, e as demais pré-candidaturas foram surgindo. Yandra Moura (União Brasil), Danielle Garcia (MDB), Fabiano Oliveira (PP) e até mesmo a correligionária do governador, Katarina Feitosa (PSD), colocaram-se no jogo como pré-candidatos e tiraram o sossego de Edvaldo. A partir daí, iniciou-se o que parece ser uma prévia, ou seja, uma eleição interna para decidir o nome governista que disputará o pleito.

Ocorre que, ao passo que os personagens foram se movimentando, ficou cada vez mais claro que Luiz Roberto perderia essa “eleição interna”. Publicamente, não há sequer um partido que tenha aderido publicamente o seu projeto, demonstrando resistência dos demais e evidenciando que este deixou de ser um projeto coletivo e passou a ser um desejo individual de Edvaldo.

O prefeito de Aracaju sabe que sua força política no futuro dependerá dessa eleição, afinal Edvaldo é sempre lembrado quando o assunto é Prefeitura de Aracaju. Foi prefeito por muito tempo e ganhou muitas eleições, então, para ele, ficar de fora desse espaço de poder seria uma derrota devastadora, inclusive, para o seu notável interesse por uma vaga no Senado Federal em 2026.

Para a infelicidade de Edvaldo, nos últimos dias o governador tem mostrado uma postura diplomática, afirmando sempre que não interferirá diretamente na disputa e que todos possuem a liberdade de ser pré-candidatos, indo na contramão do plano de Nogueira e frustrando a tentativa de definir Luiz como o nome do grupo.

Com o avanço do debate político e a proximidade das eleições, percebe-se que, caso não seja o nome de consenso, Luiz Roberto não deverá ter força política para competir com os demais. Diante disso, Edvaldo está correndo contra o tempo na empreitada de mudar a ideia do governador.

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