Aracaju vive expectativa de eleger primeira prefeita mulher


03/07/2024 10:16

Por Daniel Rezende

O afunilamento do período pré-eleitoral tem comprovado uma tese que muitos analistas políticos vêm apostando desde o fim das eleições de 2022: O momento político é muito favorável para o êxito de candidaturas femininas em Aracaju. Na prática, as pesquisas têm evidenciado essa aposta e nomes como os das pré-candidatas Emília Corrêa (PL), Yandra Moura (União Brasil), Candisse Carvalho (PT) e Danielle Garcia (MDB) largam em vantagem no atual cenário.

Emília lidera com folgas há algum tempo e é franca favorita a estar no segundo turno, mas é preciso reconhecer também que a sua pré-campanha é a mais longa entre todas as citadas. Mesmo não assumindo publicamente, ela já estava no páreo naturalmente desde o fim das eleições de 2022, quando se lançou candidata a vice-governadora na chapa de Valmir de Francisquinho e saiu do processo eleitoral com o nome em evidência.

As demais, com exceção da jornalista Candisse Carvalho, surfam nas estruturas de poder que possuem acesso, principalmente do Governo do Estado e, no caso da jornalista, o potencial de crescimento está intrínseco à popularidade de Lula e do PT em Aracaju.

Como se trata da sua primeira participação na política, naturalmente leva tempo até que a sua imagem passe a ser reconhecida pelo público e ainda mais tempo para que seja associada ao PT e ao presidente Lula. Essa margem de crescimento é tratada como um grande trunfo da sua pré-candidatura.

O senador e esposo de Candisse, Rogério Carvalho, é o maior exemplo dessa tese. A sua surpreendente vitória para o Senado Federal em 2018 e a alta votação para o Governo de Sergipe em 2022 estão fortemente ligadas aos fatores Lula e PT. Claro que não se pode excluir dos fatores primordiais para a vitória a liderança política que Rogério exerce desde os anos 2000 no estado, mas as arrancadas nas fases críticas das duas campanhas citadas se devem majoritariamente ao atrelamento da sua imagem ao líder do PT no país.

Esse potencial apresentado por Candisse, somado à liderança incontestável nas pesquisas de Emília Corrêa, levam a crer na possibilidade real de um segundo turno polarizado entre PT e PL.


Quer receber gratuitamente as principais notícias do Política de Fato no seu WhatsApp? Clique aqui.