Prefeita Emília Corrêa participa de encontro com mães de crianças atípicas

A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, participou nesta terça-feira, 1º, de um encontro com mães de crianças atípicas. O evento foi promovido pela Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas), por meio da Coordenadoria da Pessoa com Deficiência, em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril.

A programação contou com palestras do digital influencer Emmanuel Moraes, que abordou o autismo na infância; do promotor Raimundo Napoleão, que tratou sobre a inserção do profissional autista no mercado de trabalho; e da guarda municipal Vaneide Dias, que discutiu os desafios da maternidade atípica. Além disso, a psicóloga Hozana Costa apresentou o tema "Construindo um Futuro Inclusivo: o impacto da comunidade na vida da pessoa autista".

O encontro ocorreu no auditório da Prefeitura de Aracaju, onde foi montado um espaço com brinquedos, cadeiras e mesas coloridas para as crianças que acompanharam suas mães. Durante a reunião, Vaneide Dias entregou à prefeita uma carta com proposta para a regulamentação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Em seu discurso, Vaneide destacou a importância do documento para garantir a prioridade no acesso a serviços públicos e privados, como saúde, educação e assistência social. "Com essa identificação, nós, mães de crianças atípicas, garantimos que os direitos de nossos filhos sejam cumpridos, conforme determina a legislação federal", afirmou.

A prefeita Emília Corrêa garantiu que a proposta será analisada com atenção e respeito. "Cuidar das crianças autistas é um compromisso do meu governo. Passos importantes estão sendo dados, como a criação da Secretaria da Pessoa com Deficiência. Onde nossa gestão passar, queremos deixar a marca da inclusão. Meu gabinete estará sempre aberto para recebê-las, ouvi-las e atender às suas demandas", declarou.

A secretária de Assistência Social, Simone Valadares, reforçou a necessidade do comprometimento da gestão pública na luta pela inclusão das pessoas autistas. "É essencial ouvirmos todos os setores: as mães atípicas, as crianças e os profissionais que trabalham com essa temática. Esse é um momento ímpar para avançarmos", afirmou.

Cilene dos Santos, de 46 anos, mãe de uma criança atípica, avaliou o encontro como gratificante. "Não temos voz, não temos vez, mas nesta gestão sinto que estamos começando a ser ouvidas. Esperamos que nossas queixas sejam atendidas, especialmente em relação à educação. Nossos filhos estudam em escolas municipais sem mediadores ou cuidadores. Na escola Alcebíades Melo, por exemplo, que está em reforma há dois anos, as crianças estão em um prédio minúsculo que não comporta adequadamente os alunos. Precisamos de mediadores para garantir o aprendizado e acompanhamento adequado", destacou.

O promotor Raimundo Napoleão também enfatizou a relevância do debate. "Sou um profissional neurodivergente e fui diagnosticado apenas no ano passado, aos 42 anos. Eventos como este são fundamentais para desmistificar preconceitos e promover adaptações que permitam a inclusão plena de pessoas neurodivergentes na sociedade", afirmou.

A coordenadora da Pessoa com Deficiência, Danyara Passos, ressaltou a importância do evento para ouvir as mães e criar espaços verdadeiramente inclusivos. "Pensamos em todos os detalhes para que as crianças se sintam confortáveis e as mães acolhidas. A inclusão é um dos nossos principais objetivos", concluiu.

Fonte: Prefeitura de Aracaju

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