Do rompimento ao desrespeito à história de Manoel de Rosinha: Quais os limites do marketing de uma gestão?


23/07/2025 14:57

O rompimento político precoce entre o prefeito de Porto da Folha, Everton da Saúde (UB), e o vice-prefeito Saininho de Manoel de Rosinha (PT) escancarou uma crise que vinha se acumulando “a conta gotas” desde a campanha eleitoral. E o pivô central dessa celeuma foi, sem dúvidas, o secretário municipal de Comunicação, Cledson Aragão, o “Keké”.

Ao que parece, o conflito de egos culminou nesse quadro que muitos tratavam como irreversível, mas que ninguém imaginava acontecer em tão pouco tempo. Pelo desabafo do irmão de Saininho, o ex-secretário de Esportes Francismário, nas suas redes sociais, Keké não agiu sozinho nessa “briga”. Ele narrou em nota pública que o outro pivô desse “embate”, foi o também secretário de Obras, Ricardo Aragão.

Ambos foram acusados pelo filho de Manoel de Rosinha de boicote e uso da máquina pública para interesses particulares:“Os boicotes contra nós partiam principalmente dos secretários de comunicação e de obras, que utilizam de estratégias políticas que divergem dos interesses da população, mas sim aos interesses particulares deles. A partir de hoje não faço mais parte do agrupamento da atual gestão”, escreveu.

Antes de tudo é preciso colocar os pontos nos “Is”: Everton precisava ter mostrado pulso e freado os ímpetos dos dois lados. Não é normal que um político perca a parceria com o seu vice em apenas sete meses e essa falta de atitude poderá lhe custar caro. O outro ponto é a falta de respeito com o filho de Manoel de Rosinha. O ex-prefeito e sua família foram os fiéis da balança para a vitória do atual prefeito e, pelo comportamento sério e honesto com que sempre lidaram com a política, não mereciam o escanteamento precoce.

Ainda mais quando se trata de um escanteamento orquestrado por uma pessoa recém-chegada no município e que foi contratado pelo gestor para apenas produzir um trabalho de marketing e comunicação institucional. Aqui falamos com todas as letras que se trata do Cledson Aragão, responsável pelo brilhante trabalho de marketing que se mostrou um dos principais trunfos da vitória do grupo em 2024.

Ao ser nomeado como secretário de Comunicação, o Gloriense Cledson tinha como único objetivo promover políticas públicas de comunicação para o município e não fazer futricas políticas, interferindo numa política eleitoral que em nada Porto da Folha o deu a ousadia de interferir. O marqueteiro, o comunicador, o profissional que atua nesta área, precisa, acima de tudo: ser DISCRETO. Os holofotes são de quem o contrata e não o inverso.

Daqui é possível entender a pergunta que narra o título deste artigo: Quais os limites do marketing de uma gestão? Em Porto da Folha, essa pergunta tem sido ministrada diariamente pela população, mas ignorada por um apático e anêmico líder político chamado Everton da Saúde.


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