Dois anos após votar em Rogério “para ficar elegível”, Valmir e PT ensaiam um “I Love You” sem timidez
A relação entre o Partido dos Trabalhadores, liderado em Sergipe pelo senador Rogério Carvalho, e o PL de Jair Bolsonaro, representado pelo prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, ganhou novos contornos neste ano pré-eleitoral.
O “namoro” entre os dois sempre foi marcado por declarações públicas tumultuadas. Ambos parecem se gostar, mas evitam assumir o romance em público. A prova disso foi o segundo turno das eleições de 2022, quando Valmir declarou apoio a Rogério de forma constrangida — e, meses depois, admitiu que só votou no petista “para ficar elegível”. A revelação expôs os bastidores da política, onde os acordos entre Judiciário e classe política são costurados com muito interesse e pouco pudor.
Se para Rogério o constrangimento é menor, com falas sempre um pouco mais calorosas, para o PT e sua militância a situação soa quase como um suicídio político: ver seu principal líder flertar com um bolsonarista declarado e filiado ao partido do ex-presidente.
Tudo indica que a aliança “bolsopetista” pode se consolidar — ainda que de forma discreta. O desenho possível seria Valmir lançar Adailton ao Senado Federal, enquanto apoia Rogério na corrida pela segunda vaga ao mesmo cargo.
Inelegível novamente para 2026, Valmir parece tentar negociar outro acordo de bastidores, nos moldes do que admitiu em 2022: “Se votar em mim, fica elegível”. Quem sabe, se obtiver sucesso, ele não surge candidato a governador com a ficha limpa, deixando de lado a timidez para uma declaração política em alto estilo — com helicóptero, flores, chocolates e a mensagem estampada: “I Love You, Rogério”.
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