Banca investigada pode “melar” concurso público de Aquidabã
O concurso público municipal realizado pela Prefeitura de Aquidabã está na berlinda desde que uma operação policial intitulada “Gabarito” foi deflagrada em junho de 2025 para investigar uma organização criminosa que praticava fraudes em concursos públicos.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos municípios, a exemplo de Aquidabã. Lá, uma residência foi alvo da ação policial que apreendeu diversos documentos sob suspeita.
De acordo com o MP, o grupo cometia irregularidades de contratação, manipulando processos seletivos e comercializando gabaritos. O principal alvo dessa investigação foi a banca Assege, que realizou concursos não somente em Aquidabã, mas também em Porto da Folha, Capela, Nossa Senhora das Dores e Lagarto, entre outros.
Desde que teve o seu resultado final divulgado em fevereiro deste ano – quatro meses antes da operação – ainda não houve qualquer tipo de convocação dos novos servidores, que aguardam o desenrolar jurídico enquanto anseiam pelos empregos públicos prometidos em edital.
O ex-prefeito de Aquidabã, Mário Lucena (União Brasil), foi procurado pelo Política de Fato para dar a sua versão sobre a operação e os desdobramentos que esta pode causar à sua gestão e ao próprio concurso público. Em resposta aos questionamentos, Mário minimizou os riscos ao concurso e à gestão: “O problema é do concurso de Porto da folha, não de Aquidabã. A questão que envolve aqui é apenas por ser a mesma empresa que está sendo investigada, não a gestão de Aquidabã”, concluiu.
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