Thiago de Joaldo e o arrependimento que não convence de um voto que não tem mais volta
O assunto que norteia os bastidores do mundo político, nesta sexta-feira, 19, é o vídeo divulgado pelo deputado federal Thiago de Joaldo (PP), em suas redes sociais, admitindo que errou ao votar favorável à "PEC da Blindagem", na última terça-feira, 16. A medida, que é um verdadeiro tapa na cara da sociedade brasileira, tem como objetivo aumentar a proteção judicial para deputados e senadores.
Com um cenário político cada vez mais desacreditado pela sociedade, ser favorável a uma proposta como essa é e dar um verdadeiro tiro no pé, até para rimar, achar que a grande maioria do povo é mané. Mas, pasmem os políticos...a repercussão foi bastante negativa.
A partir da divulgação deste vídeo, Thiago permite diversas indagações: se arrepender só agora, depois de ter votado favorável em dois turnos? De que adianta esse arrependimento, se sua digital está registrada em mais uma iniciativa magistral do Congresso Nacional? Será que ele levou uns puxões de orelha dos seus aliados aqui em Sergipe, sobretudo por figurar entre um dos possíveis nomes da oposição para a disputa do Governo do Estado em 2026?
Ainda sobre o vídeo, Thiago garante que irá trabalhar junto aos colegas do Senado para que a pauta não prospere. Assim, todo mundo quer ser político, né? Joga o presente de grego no colo alheio para depois sair com o velho discurso de que "fiz tudo que pude". Ora, bolas!
De fato, como Thiago afirmou, errado é permanecer no erro. Mas, se a repercussão não fosse tao negativa, apostaria um picolé de graviola, parafraseando o saudoso Wellington Elias, que o blindado parlamentar não recuaria. Outro fato que também o fez pensar na sua decisão foi novamente vir à tona que ele chegou a ser preso durante a operação “Castelo de Cartas”, acusado de faciitar um esquema de fraudes em licitações no município de Itabaianinha, à época em que seu pai era prefeito.
Por fim, quem deve agradecer todo esse imbróglio é o governador Fábio Mitidieri, que vê a oposição batendo cabeça e sem alinhamento algum para as eleições de 2026.
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