Rogério Carvalho, o rompimento da adutora e o silêncio da carência de uma chapa para "chamar de sua"
O episódio do rompimento da adutora do São Francisco e o desabastecimento da Grande Aracaju revelou muito mais que o exposto em linhas gerais. Nas entrelinhas, um gesto chamou a atenção de quem acompanha mais de perto os bastidores da política: O silêncio de Rogério Carvalho e do PT em Sergipe.
Em um momento propício para a oposição ao governador Fábio Mitidieri (PSD), algumas figuras souberam se aproveitar bem, a exemplo do deputado federal Thiago de Joaldo (Progressistas), que sonha em se projetar para a disputa ao governo em 2026. Até Emília, com posições institucionais questionáveis na crise, resolveu “mostrar as unhas”. Mas Rogério, que até dias atrás reivindicava o título de líder da oposição, não fez qualquer menção ao episódio e evidenciou que quer mesmo formar chapa com o governador.
Carente de um palanque para chamar de seu, ele entende que ter um candidato ao cargo máximo do estado é primordial para as suas ambições, por isso faz gestos, silenciosos ou não, ao governador Fábio. O problema é que Rogério também os faz ao prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), para o qual já afirmou publicamente que “é um incentivador da candidatura ao governo”, e que é o principal opositor a Fábio no estado. Essa política pragmática do senador não é novidade para ninguém, mas chama a atenção também o silêncio dos demais integrantes do partido.
Quanto mais busca e se humilha por um palanque fisiológico para chamar de seu, mais o PT e o projeto personalista de Rogério se afundam em uma crise de identidade interminável, levando o eleitor progressista a buscar outras alternativas. E é nesse cenário que o PSOL vem ganhando força e ampliando sua influência, especialmente em Aracaju.
É por “essas e outras”, que o Política de Fato vem chamando a atenção para uma candidatura prematura, mas que deve complicado muito o status quo do PT em 2026: A de Iran Barbosa (PSOL) ao Senado Federal.
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