Seria Rogério o fogo amigo por trás dos boatos de demissão de Márcio?


25/09/2025 15:49

Historicamente, poucas vezes se viu um ministro ser alvo de tamanha instabilidade e boataria como o sergipano Márcio Macêdo o é desde que assumiu a Secretaria Geral da Presidência da República. O último desses boatos surgiu já no fim de semana, novamente colocando Márcio como prestes a ser demitido e substituído pelo deputado federal de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL).

Nesse ínterim, Márcio sairia do ministério e passaria a atuar com uma pré-campanha a deputado federal apoiada por ninguém mais, ninguém menos, que o senador Rogério Carvalho (PT), seu companheiro de PT, mas adversário histórico nas entranhas da sigla.

Desde que Política de Fato reverberou essa nova instabilidade durante a última quarta-feira, 24, fontes foram incisivas ao dizer que o senador é a figura central por trás da maioria dos boatos de demissão que surgem desde 2023.

Nos bastidores, a interpretação é clara: a ofensiva faz parte de uma disputa de protagonismo em Sergipe e, em especial, dentro do PT, em torno da influência sobre o Governo Federal e da construção de palanques para o futuro.

Márcio, hoje, é pré-candidato ao Senado Federal, mas sem qualquer aval do senador, que vê com muita desconfiança essa empreitada, alegando publicamente em diversas ocasiões que essa candidatura fragmentaria o partido e causaria uma derrota para ambos.

Já a informação de que a saída do ministro seria condicionada ao apoio de Rogério à uma campanha de deputado federal é vista como uma “armadilha” do senador para atrair Márcio a uma falsa “bandeirada branca”, que serviria apenas para atender os interesses de Carvalho e defenestrar as pretensões políticas de Macêdo no estado.

No universo político, em que notinhas de colunas políticas são partes cruciais do jogo de interesses, não há como negar que essa tese tem uma baita proximidade com a realidade.


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