“Brasil não merece ser refém de criminosos”, afirma senador Alessandro sobre a instalação da CPI do Crime Organizado


31/10/2025 17:05

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado será instalada na próxima terça-feira (4), no Senado Federal. A decisão foi anunciada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União/AP), após entendimento com o senador Alessandro Vieira (MDB/SE), autor do requerimento que criou a comissão. A CPI vai investigar a estruturação, expansão e funcionamento do crime organizado no país, com foco na atuação de milícias e facções.

Segundo Alcolumbre, “é hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”.

A decisão ocorre poucos dias depois de uma megaoperação das polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em mais de 100 prisões e 119 mortos, segundo o governo estadual. O episódio reacendeu o debate sobre a escalada da violência e a necessidade de uma resposta estruturada por parte do Estado.

Autor do pedido de criação da CPI, o senador Alessandro Vieira tem defendido que o combate ao crime organizado exige planejamento e cooperação entre os diferentes poderes e níveis de governo. “O Brasil não merece ser refém de criminosos. É hora de reagir com inteligência e coordenação, e não com improviso e discursos de ocasião”, afirmou.

O parlamentar reforçou que a CPI deve atuar com base em dados e evidências, para mapear a atuação de milícias e facções em todo o território nacional e propor soluções efetivas. “O objetivo é fazer uma radiografia completa da ação e movimentação de facções e milícias no Brasil, identificar e mostrar tecnicamente aquilo que funciona e aquilo que não funciona no combate a essa modalidade criminosa”, explicou Vieira.

O senador também criticou a falta de estratégia integrada no enfrentamento ao crime. “Hoje o que a gente vê é uma reação totalmente fragmentada, com baixíssima base técnica para a decisão e que não gera repercussão na vida real. Não dá para responder de improviso em coletiva debaixo de árvore um tema tão sério”, disse.

A CPI do Crime Organizado nasce com o desafio de unificar informações, ouvir autoridades da segurança pública, Ministério Público e especialistas, além de propor medidas concretas para enfraquecer as organizações criminosas que atuam no país. “A sociedade quer respostas e resultados. O Senado tem a responsabilidade de oferecer um caminho que una técnica, coragem e compromisso com a segurança das pessoas”, concluiu Alessandro Vieira.

Fonte: assessoria

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado


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