A saída de Barroso


16/10/2025 22:01

A semana na política foi marcada pela renúncia do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, na quinta-feira. Barroso poderia ficar no tribunal até a próxima década, quando completasse 75 anos, mas ele decidiu formalizar seu afastamento agora, poucos dias depois de sair da presidência da Suprema Corte. Com isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganha o direito de indicar mais um integrante da suprema corte. Existem três nomes mais citados como possibilidades: o ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias; o ministro do TCU Bruno Dantas e o senador Rodrigo Pacheco. Messias é o nome dd preferência do PT e Pacheco tem a simpatia de ministros do Supremo e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Se Pacheco for indicado, Lula terá que articular um nome para comandar seu palanque eleitoral em Minas Gerais como candidato a governador, posto para o qual Pacheco era o mais lembrado. Se o indicado for Messias, abre uma disputa dentro do governo pela vaga de advogado geral da União. Tanto em um caso como em outro a escolha de Lula deve aumentar a influência do Planalto nas decisões da Suprema Corte, que já não é pequena. Também essa semana o governo teve uma derrota importante no Congresso, que deixou caducar a Medida provisória 1303, que aumentava impostos dos setores financeiro e de apostas. A fragilidade do governo em relação ao Congresso pode aumentar ainda mais a dependência do executivo da judicialização das decisões.