Novo banco de leite humano de Sergipe pode se tornar referência para o país
O novo BLH tende a oferecer melhores condições de agregamento de doadoras e maior adesão à Iniciativa Hospital Amigo da Criança, o que já é realidade em três hospitais de Sergipe.
Uma das mais amplas ações de qualificação da assistência em saúde e de estímulo ao aleitamento materno realizadas pelo Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), é a reestruturação do Banco de Leite Humano (BLH) Marly Sarney, prédio que voltará a funcionar em anexo à Maternidade Hildete Falcão Baptista e ao ambulatório Follow Up. O BLH é referência, uma vez que foi o primeiro a ser criado em Sergipe, em 1988, e tem como objetivo contemplar, especialmente, bebês prematuros nascidos na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) e de demais maternidades que necessitarem dos serviços.
A nova estrutura irá disponibilizar melhores condições de recepção às doadoras de leite humano, bem como um serviço mais qualificado de processamento e pasteurização, controle de qualidade microbiológica, estocagem, distribuição do alimento e demais procedimentos necessários para que o leite que se torne o mais puro possível. Entre as características físicas desse novo formato do BLH estão as salas com ampla divisão, adequadas para a livre circulação de pessoas, aptas a possibilitarem condições plenas de trabalho aos técnicos que manuseiam o leite humano.
O espaço físico adequado para os serviços de banco de leite humano também contemplará a sala de ordenha, onde é retirado o alimento. A nova sala constará de seis poltronas e cadeiras reservadas ao acompanhante e, além dela, uma sala de recepção equipada com 12 assentos, além de um espaço para otreinamentos profissionais, que também servirá como mini-auditório, entre outros recursos.
De acordo com a Área Técnica da Rede Materno-Infantil da SES e avaliadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), Helga Muller, a iniciativa desencadeada na atual gestão da saúde no Estado tem a pretensão de pretende estimular e valorizar a amamentação, agregando a este processo uma infraestrutura também adequada aos procedimentos de educação permanente, voltados para quem trabalha com amamentação e aleitamento materno, seja ele inserido na Atenção Básica ou mesmo nos serviços especializados.
“Teremos uma nova e mais ampla responsabilidade voltada para esta área, enfatizando o papel indispensável da amamentação na nutrição de crianças, especialmente as que passam por unidades de terapia intensiva, tendo no alimento um recurso necessário à sua recuperação por possuir todos os componentes que viabilizam seu desenvolvimento. Através desse novo projeto de infraestrutura encabeçado pelo Governo de Sergipe, através da SES, poderemos utilizar equipamentos que tendem a potencializar as captações em domicílio e na própria MNSL, que é o automóvel próprio, e o processamento do leite humano”, explicou Helga Muller.
Tendo como referência a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, conforme Portaria Nº 1.130, de 5 de agosto de 2015, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o novo BLH tende a oferecer melhores condições de agregamento de doadoras e maior adesão à Iniciativa Hospital Amigo da Criança, o que já é realidade em três hospitais de Sergipe, tendo na MNSL a preparação necessária para o alcance desse objetivo.
“Tudo indica que o novo projeto BLH terá notoriedade nacional, visto que já foi visto com bons olhos pela coordenadora das Ações de Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Fernanda Monteiro. Logo na segunda quinzena de janeiro, pretendemos ainda fundar o Comitê Estadual de Aleitamento Materno, que contará com a participação de secretarias de saúde, assistência social, além de empresários, vigilâncias sanitárias e Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe. O objetivo é potencializar com grande ênfase as ações voltadas para o aleitamento materno e para a amamentação”, destacou a Área Técnica da Rede Materno-Infantil da SES.
Fonte: ASN.
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