Jornalismo com mais interrogações e menos pontos finais
Por José Leidivaldo Oliveira.
Em tempos de "pós verdade", opiniões politicas extremadas; coxinhas e esquerdopatas; quando a ética é menos importante do que a estética e sobretudo: quando a guerra entre mercado e Estado ditam, velada ou manifestamente, a linha editorial dos meios de comunicação é alvissareiro o surgimento de um portal de notícias do quilate do Sergipenet. E a marca tem nome e sobrenome: Aparecida Santana.
Tanto o portal como seu tutor-mor terá grandes desafios. Aparecido já tem em seu currículo a experiência necessária para saber que, como faz crê o arcabouço teórico da academia, a imparcialidade no jornalismo é algo extremamente questionável. Basta, então, que se porte com honestidade intelectual capaz de mostrar ao internauta/leitor o fato, a notícia.
Santana aprendeu nas aulas de Messiluce Hansen que o jornalismo real é fugir do pitoresco e ir ao fundamental. Não importa com quem Jackson Barreto toma cerveja. Mas é de interesse público saber se as nomeações para cargos em comissão, de fato, fará a máquina estatal oferecer ao cidadão serviços de melhor qualidade. É dispensável noticiar a festa prestigiada pelos senadores Antônio Carlos Valadares ou Eduardo Amorim, mas aos sergipanos é fundamental chegar a informação de como votarão em Brasília nas "TEMIDAS' reformas da previdência e trabalhista.
E com o advento das selfies, das redes sociais, de atentas assessorias, o jornalismo não deve se tornar mero instrumento de release. Usando as palavras de William Randolph Hearst: "Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade". Pelo aprendizado e crédito adquiridos em seu labor, Aparecido não cairá neste conto.
Enfim, vivenciamos a modernidade líquida", como vaticinou o filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauma, para conceituar o que entende ser a vida social contemporânea: novos papéis para velhas instituições, estilos de vida e crenças ou convicções que mudam antes que tenham tempo de se solidificar.
Portanto, imagino que o Sergipenet não chegue para tomar lugar. Pelo contrário: vem para ampliar vozes, multiplicar ideias, ocupar lacunas. E se bem conheço Aparecido em pouco tempo este portal será fonte e produtor de conteúdo para o jornalismo de Sergipe.
E um bom parâmetro sobre o êxito de seu trabalho, querido amigo, não será o elogio, mas a pergunta que, mais sincera e contundente, desvela a impressão do internauta/leitor: "Aparecido, quando sairá outra matéria daquela"?
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