Paixão de Cristo é encenada com maestria no Povoado Mangabeira em Itabaiana
A magnífica encenação do drama da Paixão é feita pelos moradores do povoado.
Por SergipeNet, da redação.
A Paixão de Cristo, uma das histórias mais importantes para o cristianismo, é revivida mais uma vez no Povoado Mangabeira, em Itabaiana. O espetáculo ao ar livre foi realizado na quinta-feira, dia 13, e atraiu grande público.
O povoado fica situada a 3,2 quilômetros da cidade. Para chegar lá é necessário percorrer a BR-235 até o quilômetro 41, no povoado Rio das Pedras, e próximo ao quebra-molas tem a via de acesso a localidade. É em frente a capela onde acontece a encenação.
Homens simples que se dedicam diariamente a vida no campo se transforam em atores e com voz firme protagonizam um espetáculo elogiado em todo o estado. Eles encenam os últimos momentos antes da crucificação, e os primeiros após a ressurreição.
De acordo com o pesquisador José de Almeida Bispo, a Mangabeira é um dos povoados de formação mais antiga dentro da Itabaiana. Apesar de seu crescimento populacional e consequente ocupação territorial somente se dar já no século XX. O membro da academia de letras cita a pesquisa de Lima Júnior, que segundo ele, descobriu o princípio da devoção de Santa Ana já em 1744, quando foi doado o Sítio Mangabeira à capela do Senhor Bom Jesus do Matozinhos e sua associação a uma segunda, a de Santa Ana, que de fato não existiam fisicamente, funcionando de início e provisoriamente na mesma capela de Santo Antônio e Almas, na então Vila de Itabaiana.
Ainda segundo José de Almeida, a Mangabeira foi sítio de Antonio Rodrigues de Souza que o vendeu aos doadores à capela de Santa Ana, o alferes Antonio Machado Mendonça e sua esposa Francisca Gomes de Oliveira. “Não tendo desenvolvido logo, perdeu-se a documentação e tudo o mais referente à tentativa de criação de mais uma irmandade católica na Itabaiana. A devoção a Santa Ana, contudo ficou tendo sido resgatada nos anos 40 do século XX pelo meu saudoso pai, Alexandre Frutuoso Bispo. Infelizmente, a pequena imagem barroca do século XVIII, substituída no altar da nova igreja construída no povoado foi roubada da casa de minha mãe em 1992 e nunca foi encontrada”, relata o escritor e pesquisador no seu blog “observando a engrenagem”.
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