Cigano alega que golpeou mula a pauladas porque animal deu coice em seu filho

Apesar dos maus tratos, o equino passa bem e foi encaminhado a ONG protetora dos animais.


17/04/2017 18:22

Por SergipeNet, da redação.

O cigano Magaive Oliveira de Assis, 31 anos, declarou a polícia que golpeou a mula a pauladas porque o animal havia dado um coice em seu filho de três anos. A cena de maus tratos ocorreu no povoado Brasília, na cidade de Lagarto, na última sexta-feira, dia 14, e um vídeo foi divulgado na internet.

Imagem 1: Cigano golpeando o animal / Imagem 2: animal sendo levado pelo S.O.S animais.

Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na Delegacia Plantonista de Aracaju, por Maria Nazaré Moraes, presidente da Educação e Legislação Animal (ELAN). Em seguida o suspeito foi intimado pelo Delegado Hilton Paulo Figueiredo Duarte, para depor na Delegacia de Lagarto.

Leia também: Vídeo mostra homem golpeando mula a pauladas em Lagarto (SE)

Magaive é natural da cidade de Penedo (AL). Ele declarou a polícia que é cigano e reside atualmente no povoado lagartense com outros familiares. Sobre a acusação de maus tratos, informa que havia saído para cuidar da ração para um animal e ao regressar seu filho havia sido atingido por um coice desferido pela mula, mas que o menino não havia ficado lesionado.

O declarante afirma ter ficado nervoso e golpeou o animal na cabeça e no pescoço, vindo o mesmo a cair com a pancada, mas lega não ter a mínima intenção de lesionar o animal e que após o ato, deu banho, água e colocou num campo para se alimentar. Ainda acrescenta que nunca agrediu animais.

Magaive informa que o vídeo foi gravado pelo celular da sua irmã e divulgado nas redes sociais e que não tinha noção da repercussão que causaria. Apesar das pancadas, o animal aparenta estar bem. Ele foi entregue espontaneamente pelo o agressor a Associação Protetora dos Animais, (S.O.S ANIMAIS), tendo como responsável a presidente Vera Silva. Antes de ser colocado em local seguro, o mesmo passará por exames.

A Delegacia Regional de Lagarto continuará o procedimento policial. O caso também está sendo acompanhado por Patrícia dos Santos Erlichman, representante da Comissão do Direitos dos Animais da OAB/SE.


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