COVID-19: indefinições sanitárias empurram Brasil para colapso na saúde, desemprego e falência de empresas

Por Aparecido Santana.


25/05/2020 16:25

A COVID-19, o novo coronavírus, atingiu quase 5 milhões de pessoas no mundo e levou a morte de 330 mil contaminados. Para enfrentamento do vírus, as estratégias variam entre extremo isolamento social a monitoramento da população mais vulnerável.

O Brasil, de fato, não adotou nenhuma estratégia. Os governos estaduais e municipais tentaram implantar o distanciamento social, enquanto o Governo Federal defende a imunidade de rebanho, o chamado isolamento vertical. Entre a cruz e a espada, país prolonga período de contaminação, prejudica setor econômico e gera caos na saúde pública.

Alguns países optaram por monitorar a população desde o princípio, ao invés do isolamento social. A Coreia do Sul, por exemplo, ampliou o número de exames e atualmente contabiliza cerca de 10 mil casos e 267 mortes registradas. Diferente do país oriental, a Argentina endureceu medidas com o chamado lockdown e, com isso, o país tem cerca de 12 mil casos e 252 mortes.

No Brasil, pelo menos cinco estados beiram ao colapso do sistema de saúde, com quase 1.200 mortes por dia no país. No total, mais de 350 mil brasileiros contraíram a doença e 22 mil faleceram. As medidas de enfrentamento, no geral, estão sendo insuficientes para o combate ao vírus.

O distanciamento proposto por alguns chefes do executivo não tem funcionado, e com isso, não existe previsão clara do retorno as atividades econômicas. O setor vive um convulsionamento que leva o fechamento de diversas empresas em todo o território nacional.

Ao invés de uniformizar as medidas, país vivencia uma crise política entre a direita governante e uma esquerda que tenta retomar o poder. Em meio a todo esse caos, cresce a desinformação que leva população a desacreditar no impacto da pandemia. As previsões de futuro, infelizmente, não são boas.


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