Câmara de Cristinápolis mostra coragem com CPI que investiga Sandro de Jesus
Na mira dos vereadores estão ainda uma série de emendas destinadas pelos parlamentares sergipanos
por Daniel Rezende
A gestão do prefeito de Cristinápolis, Sandro de Jesus (PT), está na mira da fiscalização ferrenha dos vereadores que hoje formam uma bancada intitulada de independente no município. De olho nos contratos com indícios de superfaturamento, a bancada apresentou requerimento e aprovou uma Comissão Parlamentar de Inqúerito (CPI) para investigar Sandro.
Os indícios de corrupção são classificados como alarmantes pelo grupo que conseguiu a aprovação da CPI no final do mês de novembro. A investigação foi aprovada com os votos e sob a iniciativa dos vereadores Professora Elielma (PT), João Flavinha (PT), Ícaro Hora (PV), Zedinho de Nega (PP) e Landinho (PDT). O presidente da Câmara, Placa (PT), foi o responsável pela aprovação com o voto de “minerva”, quando o presidente do Poder Legislativo desempata uma votação.
Na mira dos vereadores estão ainda uma série de emendas destinadas pelos parlamentares sergipanos. São mais de R$ 9 milhões em verbas recebidas por Cristinápolis durante a gestão de Sandro e que não se converteram em efeitos práticos para a população.
O prefeito pode até espernear, como tem feito nas redes sociais e utilizando os mais variados meios alternativos de ataques contra aqueles que o investigam, mas a CPI tem se mostrado legítima. E o principal? É alvo de grande aprovação popular. Afinal, qual é o municípe que não quer ver o seu dinheiro de contribuinte sendo fiscalizado e passando pelo máximo dos processos em termos de transparência?
O exemplo da Câmara de Cristinápolis deve ser seguido Sergipe a fora. E que fique o alerta para as gestões: O Poder Legislativo possui mecanismos que garantem a sua independência. Respeitá-lo e respeitar o erário público são fundamentais para uma convivência harmoniosa entre poderes.
Quer receber gratuitamente as principais notícias do Política de Fato no seu WhatsApp? Clique aqui.