André Moura será o fiel da balança na escolha do vice de André Graça
No atual cenário, Gilson deverá mesmo é ceder ao poder da família Moura e formar a chapa com o pré-candidato a vice-prefeito considerado o representante de André na cidade: Misael Dantas.
por Daniel Rezende
O atual vice-prefeito André Graça (Progressistas) é o pré-candidato a prefeito de Gilson Andrade (PSD) e seu agrupamento em Estância para o ano de 2024. Esse é um fato inquestionável da política da Cidade Jardim de Sergipe, como também é inquestionável o peso que esse grupo tem na disputa do pleito eleitoral. Mas, se por um lado existe a certeza da escolha do cabeça de chapa, do outro as especulações em torno do pré-candidato a vice estão cada vez mais aquecidas nos senadinhos e grupos de política do município.
Nessa disputa para ser vice da chapa governista, alguns nomes começam a ser postulados, entre eles o do vereador Misael Dantas (União Brasil). Recentemente, o nome do atual presidente da Câmara de Vereadores, vereador Cristóvão Freire (MDB), até ganhou força no cenário, mas a escolha de Misael segue a lógica de manutenção da aliança entre Gilson e seu grupo com uma das maiores lideranças políticas do estado, o ex-deputado federal André Moura (União Brasil).
Em 2022, antes das eleições estaduais, quando Misael Dantas se lançava candidato a deputado estadual pelo União, André declarou em uma emissora de rádio de Estância que seu apoio em 2024 estaria totalmente vinculado ao recíproco apoio que recebesse no pleito de 2022, ano em que lançava sua filha Yandra Moura (União Brasi) ao cargo de deputada federal. Ao final, Yandra saiu vitoriosa com estrondosos 131.417 mil votos, mas apenas 3.500 foram em Estância.
Apesar da parceria e da declaração de voto, quem acompanhou de perto as eleições na Cidade Jardim viu que Gilson e André Graça pouco fizeram pelo sucesso de Yandra. André Graça, aliás, nem declarou voto a filha dos Moura, tendo a preterido pelo deputado federal Gustinho Ribeiro (Solidariedade). Os 3.500 votos de Yandra em Estância foram puro reflexo da dobradinha com Misael enquanto candidato da terra, cuja participação no pleito visava o fortalecimento político seu, de André Moura e do partido União Brasil, que elegeu quatro deputados estaduais e dois federais.
Por isso, conforme disse o próprio André Moura em entrevista, o União Brasil estará onde Misael Dantas estiver, inclusive estará como cabeça de chapa se o vereador assim entender. O perfil de Dantas, no entanto, é mais moderado e de muita etiqueta. Mesmo tendo sido retaliado nos últimos dias de campanha por Gilson Andrade e seus aliados, ele fez questão de não atacar o grupo e manteve uma postura serena e de respeito, fato que provocou um esfriamento dos ânimos mais exaltados de apoiadores que defendiam um rompimento.
Mesmo não tendo vestido a camisa de Yandra Moura com o afinco esperado, Gilson Andrade não é bobo e sabe que o pai da deputada possui uma força política gigante, da qual Gilson necessita para sobreviver politicamente. É muito difícil que o prefeito de Estância opte por um rompimento dessa aliança, a não ser que o pleito se desenhe muito difícil e as pesquisas indiquem a necessidade de uma aliança com setores progressistas, como o PT e o PSOL. É o que aconteceria em caso de uma disputa contra uma chapa formada pelo delegado André David (Republicanos) e o ex-prefeito Ivan Leite.
No atual cenário, Gilson deverá mesmo é ceder ao poder da família Moura e formar a chapa com o pré-candidato a vice-prefeito considerado o representante de André na cidade: Misael Dantas.
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