Paciente de Gararu reclama de atendimento negado na UPA de Porto da Folha
Ao chegar à UPA Dr. Francisco Rollemberg ela foi surpreendida com a informação dada por um recepcionista e por um aviso estampado no mural da unidade
por Daniel Rezende
Uma paciente contatou o Política de Fato para denunciar a falta de atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Francisco Rollemberg, localizada em Porto da Folha. O fato aconteceu nesta quinta-feira, 2, conforme relato da denunciante. A cidadã, que preferiu não se identificar, informa que é residente no município de Gararu, mas alega que tentou o atendimento no município vizinho porque a unidade de Gararu não funciona durante a noite.
De acordo com a paciente, ao chegar à UPA Dr. Francisco Rollemberg ela foi surpreendida com a informação dada por um recepcionista e por um aviso estampado no mural da unidade. “Na UBS de Gararu existem atendimentos sim, mas meu filho já adoeceu à noite e o atendimento na unidade em Gararu não funciona, aí eu optei ir a Porto da Folha por ser o lugar mais próximo. Inclusive, sempre existiram os atendimentos nos hospitais mais próximos, como Porto da Folha, Glória e Propriá e essa foi a primeira vez que fecharam as portas para mim”, disse.
Em tese, as unidades conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) não podem negar atendimento a qualquer paciente, independente da localidade originária deste. Mas, de acordo com o prefeito de Porto da Folha, Miguel de Dr. Marco (PSD), a negativa no atendimento tem origem em um imbróglio envolvendo os dois municípios e a prefeita de Gararu, Zete de Janjão (PSD).
“Zete vinha contribuindo financeiramente desde o ano passado com uma equipe médica para a nossa UPA uma vez por semana e nós [Porto da Folha] entrávamos com duas equipes médicas, incluindo médico, enfermeiro e técnico de enfermagem, mas a demanda de Gararu passou a ser muito alta, com mais de 500 atendimentos por mês e uma média de gastos de R$ 300 mil só com os pacientes de lá”, relata o prefeito.
Miguel conta que conforme a demanda aumentava, se tornava inviável para Porto da Folha gerir a situação. Fato que o fez buscar a prefeita de Gararu por diversas vezes a fim de solucionar a crise, “No começo do ano nós conversamos e eu solicitei que ela pagasse uma equipe por dia, que daria R$ 30 mil por mês. Ela disse que não era possível”, completou.
O Política de Fato procurou a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Gararu e foi atendido prontamente pelo secretário Damário Belmiro, mas até o fechamento desta matéria ainda não havia sido enviada uma resposta oficial sobre a situação.
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