Vice-prefeito é surpreendido ao ser “despejado” de prefeitura a mando do prefeito

Politicamente, Chicão e Eraldo estão rompidos desde o pleito que os reelegeu, em 2020


03/03/2023 20:29

Um fato inusitado tem dado o que falar em Boquim, município do interior de Sergipe. O vice-prefeito, Chicão Almeida (PT), foi surpreendido nos últimos dias com um despejo promovido pelo prefeito Eraldo de Cabeça Dantas (Progressistas). A informação que circula na cidade é a de que o prefeito mandou colocar os itens de gabinete do vice-prefeito em uma caixa e entregar na residência do político.

“Os pertences pessoais do vice foram colocados dentro de uma caixa e entregue na sua residência. Fizeram uma varredura em sua sala? Quanta perversidade”, diz uma das publicações que viralizou no Whatsapp, na qual internautas satirizaram a situação com uma montagem mostrando uma caixa, o rosto do vice-prefeito e desenhos de diversos objetos.

Politicamente, Chicão e Eraldo estão rompidos desde o pleito que os reelegeu, em 2020. Apesar de vitoriosos, os dois não mantiveram a sintonia do primeiro mandato, com o vice-prefeito perdendo todos os espaços de influência que possuía anteriormente na gestão. 

O afastamento entre os dois vinha sendo natural desde então, até pelo perfil discreto de Chicão, mas o recente despejo, somado aos ataques promovidos por membros da imprensa ligados ao prefeito Eraldo, passaram a aquecer os ânimos políticos no município. 

Em Boquim, é nítida a opinião popular de que há uma injustiça em andamento. Primeiramente pelo rompimento sem justificativas promovido por Eraldo. Segundo, pelos ataques fervorosos direcionados a Chicão, que atualmente se encontra enfermo e em tratamento de hemodiálise, e terceiro pela maneira impetuosa e até mesmo coronelista com o que o prefeito agiu ao enviar os objetos pessoais do vice-prefeito até a sua residência.

Enquanto isso, o vice-prefeito cresce na preferência popular e vem despontando de forma positiva em enquetes e outras ferramentas disponibilizadas nas redes sociais locais. A dúvida que resta é se o pretenso candidato resistirá aos ataques e ao poder do grupo que hoje liderado pelo seu antigo aliado e hoje algoz.


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