Greve Geral reúne milhares de manifestantes em Sergipe
Durante o período da manhã o acesso à capital foi bloqueado com a queima de pneus.
Por Max Leonardo.
Milhares de trabalhadores participaram da greve geral contra as reformas previdenciária, trabalhista e a terceirização, nesta sexta-feira, dia 28, no estado de Sergipe.
Reunidos na Praça General Valadão, os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas do Centro e pararam na porta do Supermercado Hiper Bompreço que, devido à pressão popular, fechou as portas e aderiu à greve nacional. Seguindo em caminhada, o movimento sindical fez outra pausa na porta da Federação dos Comerciantes, onde dirigentes pontuaram que o movimento sindical não irá aceitar nenhum direito a menos.
No curso da Avenida Barão de Maruim até a Beira Mar, parte da multidão de manifestantes manteve o ato até o bairro Treze de Julho.
SEM ÔNIBUS - Desde a madrugada desta sexta-feira o movimento social e sindical realizou a ocupação das empresas de ônibus, o bloqueamento de vários trechos da BR 101 e da BR 235, o fechamento do Centro Administrativo e do Centro Comercial de Aracaju. Devido ao bloqueio nas estradas, algumas fábricas de Sergipe não produziram neste dia. Em Nossa Senhora da Glória, capital do Sertão sergipano, também houve protesto e fechamento das lojas do Centro.
O presidente da CUT/SE, professor Rubens Marques, avaliou que a vitória da mobilização que marcou o Dia da Grande Greve Geral em Sergipe se deve à organização estratégica de várias ações de luta, potencializadas pela insatisfação popular. “A partir destes atos gigantescos em todo Brasil, o movimento social e sindical está fazendo a devida pressão que as Reformas Trabalhista e da Previdência demandam. A população está se manifestando e isso deve gerar impacto no Senado. Eu tinha certeza de que iria comparecer muitas pessoas neste grande ato, mas sua dimensão foi além das expectativas. Espero que toda população brasileira seja beneficiada com a vitória da Greve Geral em todo Brasil e que os políticos tenham compreendido o recado de que não terão vida fácil se aprovarem as Reformas do governo golpista”.
De acordo com a CUT, no Estado de Sergipe, mais de 60 categorias de trabalhadores aderiram à greve geral nacional e mais de 100 sindicatos participaram da manifestação.
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