Policiais Militares na bronca com o comando da PM em Sergipe
Militares acusam o comandante-geral de promover uma “caça às bruxas” contra militares que não possuem alinhamento político-ideológico com o Comando
Tem chegado ao Política de Fato reclamações aos montes, oriundas de uma insatisfação generalizada com a cúpula que hoje comanda a Polícia Militar do Estado de Sergipe no Governo Fábio. Para parte dos membros da tropa, o comandante-geral, Coronel Alexsandro Ribeiro, tem tomado decisões controversas desde que assumiu o comando.
Militares o acusam de promover uma “caça às bruxas” contra militares que não possuem alinhamento político-ideológico com o Comando. Houve uma verdadeira “limpa” neste sentido e hoje não há policiais com viés divergentes daqueles que comandam os cargos da Polícia Militar.
Outra insatisfação surgiu com as promoções de dois tenentes-coronéis que respondem a processos. O primeiro deles responde na Justiça Estadual por cárcere privado, lesão corporal e sequestro de pessoa em razão de dívida contraída em 2014. O outro tenente-coronel é alvo de uma investigação de um fato ocorrido no ano de 2014, quando policiais foram indiciados por supostas diligências de segurança-privada de uma usina na região de Nossa Senhora das Dores.
Mesmo tendo sido condenado por improbidade administrativa, pois se valeu tanto do cargo, quanto da sua qualificação específica na condução de veículos para obter vantagem, ele foi promovido. De tenente-coronel, o referido foi agraciado com oposto de Coronel QOPM, chegando a receber um aumento de 20% nos seus vencimentos.
Em contrapartida, deixaram de serem agraciados pelo governador e pelo Comando da PM, oficiais que estão no posto de tenentes-coronéis há sete, nove, doze, quinze e até vinte e dois anos. Ao Política de Fato, um dos denunciantes fez o seguinte questionamento: "Qual a justificativa para essa decisão que pode não ser ilegal, mas pode ser facilmente julgada pela população sergipana como imoral?", perguntou.
Em menos de cinco meses de gestão à frente da pasta, o comandante pode estar caminhando para uma crise sem precedentes e precisará reavaliar decisões para não perder o comando de uma tropa que, hoje, denuncia em silêncio, mas amanhã pode se rebelar em público.
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