Deputados retiraram PL de pauta para não colher desgaste com professores
A decisão não partiu unilateralmente de Garibalde, mas sim de um conjunto de insatisfações que hoje tomam conta da base governista na Assembleia
O governador Fábio Mitidieri (PSD) e o vice-governador e secretário da Educação, Zezinho Sobral (PDT), calcularam mal quando viajaram para os EUA e deixaram na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) o Projeto de Lei que concede o mísero reajuste de 2,5% aos professores sergipanos. O desgastante projeto contou com a mobilização intensa dos professores em frente ao prédio do Parlamento e o presidente interino da Alese, Garibalde Mendonça (PDT), se viu em um beco sem saída que culminou na retirada do projeto de pauta.
A decisão não partiu unilateralmente de Garibalde, mas sim de um conjunto de insatisfações que hoje tomam conta da base governista na Assembleia. O gesto de Fábio e Zezinho, ao viajarem para os EUA e deixarem o desgaste da aprovação única e exclusivamente para os deputados, soou muito mal nos bastidores.
Aliados que já estavam descontentes com a falta de diálogo de Fábio e sua base, bem como com a má distribuição de espaços no Governo Estadual, deram um ultimato: Se o projeto for apresentado, votaremos contra. O chefe da Casa Civil e braço-direito de Fábio, Jorginho Araújo, não viajou para os EUA e ficou incumbido da missão de aprovação do projeto na Alese. Mas não teve articulação que desse jeito para o péssimo clima entre a Casa Legislativa e o Palácio dos Despachos.
O que se fala nos corredores da Alese é que o período de namoro passou rápido e a previsão de votação e aprovação do projeto na próxima quarta-feira, 10, pode sofrer mais algum atraso se o governador não estreitar o diálogo com a sua base nos próximos dias.
ALESSANDRO FORTALECIDO
Quem aposta que o senador Alessandro Vieira (PSDB) é político de mandato único pode acabar caindo do cavalo. Algo aconteceu no último pleito, em que disputou o mandato de governador no 1º turno, que mudou a cabeça do senador. Vieira tem mostrado uma estratégia diferente de atuação, se reaproximando dos municípios e dialogando com prefeitos e prefeitas para discutir projetos e investimentos.
Com isso, ele tem retomado uma visibilidade que antes só possuía no contexto nacional. Se continuar assim e com o diálogo afinado com o governador Fábio Mitidieri, pode voltar a ser protagonista no estado que o elegeu com 474.449 votos em 2018.
DEPUTADO DISTRIBUI GRANA
O líder do Governo Fábio na Alese, deputado Cristiano Cavalcante (União Brasil) protagonizou uma cena, no mínimo, dantesca no último sábado, 6. Ele foi filmado jogando dinheiro para uma multidão de maneira humilhante e vexatória. As imagens mostram pessoas se digladiando no chão enquanto tentam catar as notas que o parlamentar jogava.
A atitude, no mínimo, reprovável, merece um olhar atencioso dos órgãos fiscalizadores do Estado de Sergipe.
DEPUTADO DISTRIBUI GRANA II
Em nota, Cristiano afirmou que não teve o objetivo de colocar qualquer cidadão em condição vexatória e que entregou, em tom “jocoso”, o dinheiro como forma de contribuição para a compra de itens de consumo de uma festa que seria realizada na comunidade, em Ilha das Flores, município em que já foi prefeito por dois mandatos.
VALMIR RECUA DE SECRETARIA
O ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), não topará mais o desafio de assumir uma Secretaria de Articulação Política da gestão de Adailton Sousa (PL) em Itabaiana. O Política de Fato havia adiantado a informação cerca de dois meses atrás, quando fontes deram como certa a reforma administrativa no município e a chegada de Valmir à secretaria que seria criada.
À Coluna do Daniel Rezende, Francisquinho afirmou que usará desse tempo livre para analisar o cenário e definir como se posicionará em 2024.
VANEIDE FAZ POST ENIGMÁTICO
A vice-prefeita de Nossa Senhora da Glória, Vaneide de Nivaldo da Feirinha (PSD), publicou um post enigmático nas suas redes sociais durante o último sábado. Com uma foto ao lado do pai, ela escreveu: “Minha escolha será ficar sempre ao seu lado em qualquer circunstância”.
Nos últimos dias tem se especulado um rompimento entre Vaneide e o agrupamento liderado pelo ex-prefeito Sérgio Oliveira (PSD) e que tem sua irmã Luana Oliveira (PSD) como prefeita na atualidade.
VANEIDE FAZ POST ENIGMÁTICO II
Ao que parece, o post indica que Vaneide não romperá com o agrupamento por decisão única e exclusiva do seu pai e líder político Nivaldo, mesmo que seu nome não venha a ser o escolhido para a reeleição de vice-prefeita.
Se dependesse de Vaneide, o rompimento aconteceria e ela se portaria como a principal liderança de uma oposição que hoje se encontra esfacelada. A vice-prefeita tem o sonho de ser prefeita da Capital do Sertão e só ainda não topou desafios mais ousados porque seu pai sempre foi mais cauteloso. Não é a primeira vez que os dois divergem sobre um rompimento com Sérgio e seu grupo.
ANDRÉ DAVID E ANDRÉ MOURA
Uma reunião entre os “Andrés” David (Republicanos) e Moura (União Brasil) tem dado o que falar, principalmente em Estância, município onde o primeiro obteve mais de 8 mil votos na disputa para deputado federal em 2022. Nas suas redes, o delegado e suplente de deputado federal André David escreveu: “O saldo do nosso encontro foi muito positivo e, com certeza, renderá bons frutos num futuro próximo”.
Especula-se que se a chapa batizada por André Moura: André Graça (Progressistas) e Misael Dantas (União Brasil) não vingar em Estância, isto é: Se o prefeito Gilson Andrade não cumprir o compromisso firmado anteriormente com Moura e Misael de indicar o segundo para vice-prefeito, o líder do União Brasil formará uma chapa entre André David e Misael Dantas para disputar a Prefeitura de Estância.
DESGASTE EM ESTÂNCIA
Por falar em Estância, a popularidade do prefeito Gilson Andrade (PSD) não anda muito boa. Mesmo com inaugurações e anúncio de festas, o prefeito parece “descer quadrado” na goela da população. Gilson resolveu inaugurar três praças que estavam fechadas para reforma há quase um ano e sofreu duras críticas da população após vê-las prontas.
Os gerentes de mídias sociais da prefeitura precisaram bloquear pessoas, fechar a opção de comentários e apagar tantos outros para evitar maior vergonha. Isso porque populares começaram a criticar as obras aos montes nas redes da gestão. Na visão da população, o prefeito gastou muito para produzir pouco, além de acabar com a identidade histórica que os locais possuíam.
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