Fábio tenta usar falhas do próprio governo para atacar deputado

A arrogância do governador de Sergipe deixou no ar uma pergunta: Por que não questionar a Justiça e a juíza responsável pela liminar?


24/05/2023 12:58

O governador Fábio Mitidieri (PSD) protagonizou uma cena desagradável em entrevista à Fan FM nesta quarta-feira, 24. Ele atribuiu ao deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) a culpa pela falta de psicólogos e assistentes sociais nas escolas públicas, tendo em vista que o deputado impetrou ação que barrava a realização de Processo Seletivo Simplificado (PSS) para a contratação dos profissionais.

A ação de Georgeo foi acatada pela 3ª Vara Cível de Aracaju, pois a Justiça entendeu, através da sua liminar, que o correto a ser feito é a realização de concurso público para preenchimento de vagas com profissionais efetivos e não contratados, como o Governo de Sergipe pretendia fazer.

O fato gerou a revolta de Fábio, que até o momento não mostrou qualquer tipo de planejamento para a realização de concursos públicos nas várias áreas carentes do serviço público estadual. À Fan FM ele foi duro e claramente tentou manobrar a opinião pública contra o deputado: “Se hoje nós tivermos um atraso para que possamos ter psicólogos e assistentes sociais nas escolas, agradeçam ao deputado Georgeo Passos. É ele quem quer que seu filho não tenha psicólogo e assistente social nas escolas”, disse.

Com essa fala, Mitidieri tenta manipular a população e camuflar os reais problema e responsável pela situação. O problema está na falta de planejamento do governo e o autor da derrota do Governo na Justiça é a própria 3ª Vara Cível de Aracaju, que entendeu por suspender o processo ao visualizar nele vícios que devem ser corrigidos.

A arrogância do governador de Sergipe deixou no ar uma pergunta: Por que não questionar a Justiça e a juíza responsável pela liminar? E a resposta é simples: Porque juridicamente o PSS possui inconsistência jurídica. Em vez de corrigir e se planejar melhor, Fábio Mitidieri fez o caminho mais fácil e mais dissimulado: Jogou para a “galera”.


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