Acusação de machismo expõe arrogância da bancada de Edvaldo na CMA

O líder do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) na Câmara de Vereadores de Aracaju (CMA), Professor Bitencourt (PDT), protagonizou um ataque machista contra a vereadora e líder da oposição, Emília Correa (Patriota), durante a sessão ordinária da última quinta-feira, 1º de junho, na Câmara.

O vereador não gostou de ver a colega olhando-o enquanto utilizava o microfone e disparou: “Não é professora Emilia? Que está me olhando aqui efusivamente. Ela gosta muito de olhar para mim. Eu sei que sou irresistível [...] Fernanda talvez fique preocupada com esse olhar aqui ‘fuzilâmine’”, disse enquanto mencionava a própria esposa na história.

A atitude de Bitencourt expõe um grave problema da bancada de Edvaldo Nogueira e, principalmente, do seu líder máximo na Casa: A arrogância desmedida no trato com seus opositores. Tem sido assim desde o mandato de retorno de Edvaldo à prefeitura, a partir de 2017. Desde então, sucessivas situações vêm se acumulando e sendo naturalizadas pela imprensa e principalmente pelos colegas vereadores.

Quando falamos da “Bancada de Edvaldo”, claro que existem as exceções. Nem todos vão para o embate com falas desagradáveis como as proferidas pelo líder governista. Mas ao tempo em que alguns não reproduzem conteúdo machista, eles silenciam e naturalizam absurdos.

Bitencourt até tentou minimizar o grotesco comentário, afirmando que cometeu “uma brincadeira simples” e até pediu desculpas. Mas estas não foram e não devem ser aceitas por Emília Corrêa ou por qualquer outra mulher que faça parte da atual Legislatura.

Dito isto, ficam os seguintes questionamentos: O prefeito Edvaldo Nogueira tomará alguma medida contra o seu líder ou deixará que o seu diálogo na Câmara seja intermediado por alguém com falas tão questionáveis? E a Comissão de Ética do Poder Legislativo, se posicionará de alguma maneira?

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