Rogério Carvalho acusa Moro e Bolsonaro de fraude durante "CPMI do Golpe"
No debate realizado na manhã desta terça-feira, 06, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) reforçou a importância de uma investigação detalhada sobre os diversos crimes que resultaram na destruição dos prédios dos três poderes em Brasília. Em seu pronunciamento, o senador criticou possíveis tentativas de minimizar o acontecido, destacando a necessidade de analisar os quatro anos de ameaças à democracia e às instituições democráticas no Brasil.
Durante sua fala, Carvalho trouxe à tona diversos episódios que, segundo ele, apresentam características de fraude. Ele mencionou, sem citar nomes, o ex-juiz que teria cometido fraudes, incluindo a fraude do áudio para comprometer o juiz Appio, a condenação injusta do ex-presidente Lula por parte de um ex-juiz e a falsificação do cartão de vacinação pelo ex-presidente da República, que teria levado milhares de brasileiros à morte. “Primeiro eu quero chamar a atenção que nós estamos submetidos ao modus operandi que vem agredindo e atacando a nossa democracia como foi os atos de 8 de janeiro, mas tem uma característica que é a fraude. Essas ações fraudulentas causaram um efeito chamado ‘efeito Bolsonaro’, resultando em perdas de vidas”, afirmou.
“Nós não vamos deixar que essa CPI seja transformada numa fraude em que digam que foi um ato que se resumiu ao dia 08 de janeiro, onde tentam, através de uma narrativa pouco consistente, tirar o foco de quatro anos de construção e de estímulo contra a democracia, contra as instituições democráticas no Brasil”, assegurou.
Ele ainda destacou que, durante quatro anos, houve estímulo e provocação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que parlamentares que deveriam respeitar suas casas aplaudiam quando o presidente estimulava ataques à Câmara dos Deputados e ao Senado. “Os acontecimentos do dia 8 de janeiro foram a manifestação de um povo desesperado que acreditava que ocorreria um golpe no Brasil”, ressaltou o senador petista mencionando a antecipação da diplomação presidencial para dezembro de 2022, alegando que isso ocorreu devido ao temor de uma balbúrdia no dia 18 de dezembro do mesmo ano.
“Portanto, querer transformar o dia 08 de janeiro em um vacilo de quem quer que seja é um equívoco, porque houve muita gente que foi intencional para garantir aquele ato antidemocrático e destrutivo. Houve, sim, ato terrorista no aeroporto e queima de veículos e tudo que vimos. Não foi apenas nesse dia, mas também no dia 07 de setembro de 2021 e em todos os finais de semana, sempre com uma crise provocada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, estimulando as pessoas contra o Brasil e contra a democracia”, acrescentou Rogério Carvalho.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado
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