Servidores emitem nota sobre demissão de superintendente do IBAMA em Sergipe
A injustiça, por ínfima que seja a criatura vitimada, revolta-me, transmuda-me, incendeia-me, roubando-me a tranquilidade e a estima pela vida. Rui Barbosa.
Texto escrito e enviado por Servidores da Divisão Técnica da Superintendencia do IBAMA no Estado de Sergipe.
Esta semana fomos surpreendidos com a publicação da portaria 187 de 28/04/2017, pelo Ministro do Meio Ambiente, que exonera Vera Cardoso do cargo de superintendente do IBAMA. Conforme amplamente divulgado pela mídia esta atitude tem sua origem no posicionamento contrário durante a votação da reforma trabalhista, do Deputado Adelson Barreto, ocorrida na última semana na câmara dos deputados.
A barganha pura e simples de um cargo por uma posição em votação, por si só, gera um grande desconforto na nossa cidadania, este desconforto é aumentado quando não se considera ao menos o trabalho realizado na instituição e a condução profissional e competente que o “indicado político” está desenvolvendo.
A Dra. Vera, em um curto período de 9 meses : organizou a nova sede do Ibama no centro administrativo, articulando ainda 2(duas) emendas parlamentares para reforma e ampliação tanto da sede como do Centro de triagem de animais silvestres(CETAS/SE); ampliou a participação do IBAMA nas atividades de educação ambiental, sendo destaque em âmbito nacional reconhecido pelo próprio ministério que a exonera neste momento; Coordenou a equipe de gestão da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), dentre outras atividades.
Esta gestão deixou claro que a formação técnica dos gestores, em autarquias cuja responsabilidade é a execução de políticas públicas, traz como resultados uma gestão ambiental eficiente, refletindo o preceito constitucional da defesa e preservação do meio ambiente para as presentes e futuras gerações.
Desta forma, nós servidores da Divisão Técnica (DITEC) do Ibama/SE, solicitamos aos responsáveis pela indicação do futuro gestor desta autarquia que tenham como diretriz para esta indicação prioritariamente a capacidade técnica, a ética e o compromisso com as atribuições federais da gestão ambiental no Estado de Sergipe.
Quaisquer indicações com vínculo unicamente político, sem os atributos técnicos mínimos para o preenchimento do cargo, resultarão em um posicionamento contrário dos servidores a pretensa nomeação.
Os prejuízos advindo deste tipo de nomeação resultam em perdas ao erário, com a inconstância de terceiros, além da descontinuidade do planejamento e das ações prioritárias da autarquia. Além do prejuízo maior e imensurável da devastação e da perda dos atributos ambientais que ainda sobrevivem no estado de Sergipe.
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