O valor da inteligência no século XXI

O que representa no imaginário cultural dos dias atuais ser inteligente? Esta pergunta muitas vezes sem resposta é um mero exemplo da dúvida que nos aporta dia a dia. Vamos partir de um passado longínquo, não um passado de meros anos e sim de milênios. No “tempo das cavernas”, onde o homem dava seus primeiros “pasitos” a inteligência era misturada com o instinto de sobrevivência. Nossos ancestrais desenvolveram a ideia de morar em cavernas para diminuir o desgaste com a chuva e o frio, usaram peles grossas de mamutes para simular uma segunda pele e assim protegê-los do mesmo fator dito anteriormente, aprenderam a quebrar a pedra e afiar a madeira para facilitar a perfuração de animais na caça e a matar o inimigo. Também aprendeu a unir-se, como na parábola do gelo deslocado que derrete mais rápido que aquele em meio à geleira. Era sim, uma forma de inteligência primitiva tomando como base nossos supostos imensos conhecimentos na atualidade. Cada povo tem sua tecnologia de ponta, suas máquinas de moer sejam elétricas ou manuais, eólicas ou hidráulicas servem para uma mesma finalidade.

Ser moderno nem sempre quer dizer possuir o que há de mais novo em tecnologia. Já diz um ditado que “toda tecnologia já nasce obsoleta” e isso é verdade, pois dada a grande velocidade de criação e o desejo do inovar presente em cada ser humano curioso e tido como modernizado, ao adquirir o que há de melhor no mundo sempre no exato momento da compra teremos algum outro indivíduo fazendo testes com um upgrade do acessório recém tomado como parte integrante de nossas vidas.

Mas, nosso fundamento geral deste estudo não é a modernidade dos objetos visíveis e desejáveis e sim a inteligência. Qual a relação entre elas? Bem, sabemos que o moderno surge diretamente ligado a inteligência de criacionismo de um povo. Muitas vezes associamos a inteligência aos humanos, mesmo sabendo que esse ato arbitrário não é exclusivamente nosso. Admitir que a inteligência de estar presente em outros animais, como por exemplo, o golfinho, gatos e cães, nos faz pequenos? Creio que não haja um caminho psico-educativo que nos mostre o quanto ser inteligente está diretamente ligado ao desenvolvimento social, caso isso fosse comprovado por que os macacos ainda não falam, mesmo tendo uma carga genética muito próxima dos humanos? Inteligência é algo hiper relativo.

Termos como super dotado, gênio ou até mesmo especial não passam apenas de fachadas que servem apenas para explorar indivíduos com uma capacidade intelectual acima da média, excluindo-os de ações rotineiras e comuns, elevando-os a um patamar acima da média e isolando-os, apenas necessitando deles quando melhor convier para nosso proveito egoísta. Thomas Edison se aproveitou da genialidade de Tesla em suas invenções. Como diz a música do Bezerra da Silva “malandro é malandro, Mané é Mané!” pois sabemos que para a sobrevivência do malandro tem de haver manés  para que sejam usados como escudos de construção ideológica da nova camada social em que estamos caminhando no futuro.

Ter medo de ser inteligente ou rotulado é uma questão boba, mas no livro A Arte da Guerra, alguns pontos são postos em prática. Como por exemplo, “sempre se mostre ao inimigo como se fosse fraco, para que ele perca o foco e você consiga derrotá-lo com mais facilidade com o efeito surpresa”. Mostrar o quanto somos inteligentes é tornar nosso couro permeável aos erros, pois nos tornamos alvo e é no inteligente que o holofote sempre aponta.

Para mais conhecimento veja este vídeo 

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