Fábio e Belivaldo abusam do simbolismo político para dar recado a Edvaldo

Katarina sendo escolhida ou não como pré-candidata governista para 2024, o óbvio já foi lançado: Edvaldo terá um apito mudo


13/11/2023 14:07

por Daniel Rezende

Uma semana após autorizar Luiz Roberto (PDT) a colocar publicamente seu nome para a avaliação do agrupamento governista, Edvaldo Nogueira sofreu um duro golpe no último domingo, 12, ao ver a deputada federal e postulante à Prefeitura de Aracaju, Katarina Feitosa (PSD), posar para fotos com lideranças, vereadores e o próprio governador Fábio Mitidieri (PSD) em um café da manhã no Mercado do Augusto Franco.

O simbolismo desse “evento” foi um recado direto para o atual prefeito aracajuano: Não adianta gritar ou espernear, no final das contas você será o último a ser ouvido no processo de decisão do futuro candidato a prefeito do agrupamento. Fato similar ocorreu em 2022, quando Edvaldo apresentou inúmeras pesquisas liderando a pré-campanha, mas não convenceu os cabeças do grupo, especialmente Belivaldo, até porque, naquela altura, Fábio já era o nome escolhido pelo governador. O resto foi só encenação pública e acordos para acalmar os ânimos do prefeito aracajuano.

Historicamente, os cafés-da-manhã nos mercados e nas feiras de Aracaju são uma forma de testar a popularidade dos pré-candidatos. Essa foi uma das intenções do encontro. Mas, a mais importante, foi a de passar a mensagem para Edvaldo Nogueira de que as falas públicas de Fábio Mitidieri afirmando que o prefeito será o coordenador do processo de escolha do futuro sucessor são meros jogos de cenas.

Mulher de confiança do ex-governador Belivaldo Chagas (PSD), que por sua vez escolheu Fábio Mitidieri para a sua sucessão em 2022 em detrimento de Edvaldo, Katarina foi vice-prefeita do próprio Nogueira e não prosperou a melhor das relações ao longo dos dois anos em que foi liderada pelo Chefe do Poder Executivo. A reclamação de Katarina é uníssona à toda a classe política sobre Edvaldo: Ruim de diálogo e centralizador.

Katarina sendo escolhida ou não como pré-candidata governista para 2024, o óbvio já foi lançado: Edvaldo terá um apito mudo, a menos que rompa e construa com os partidos de oposição uma nova candidatura ou que se limite a indicar um vice na chapa governista.


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