Uíta Barreto e Georgeo Passos podem duelar em 2018?
Editorial do Portal SergipeNet.
Bastou a ex-prefeita de Ribeirópolis, Uíta Barreto, trocar o PSB dos Valadares pelo PMDB de Jackson Barreto para uma enxurrada de expeculações monopolizarem as conversas das rodas políticas e dos grupos de WhatsApp da região. Na verdade isso já era esperado e quase certo. Não há espaço em Ribas City para um palanque composto por Evanira e os Passos como teria insinuado o senador Valadares.
De certo apenas uma coisa: a agora peemedebista não deve está nem no presente e nem no futuro no mesmo palanque que seus criadores: os Passos. Uíta foi vice e sucessora da ex-prefeita Regina Passos e por conta do rompimento ambas não se suportam. Regina acusa a empresária de traidora, que retruca afirmando que tirou o Saco do Ribeiro de uma ditadura de meio século.
Mas vamos ao que há de concreto na filiação de Uíta no partido do governador. Não há quem tire de sua cabeça o desejo de retornar à Prefeitura, e de quebra derrotar seus adversários. Mas, e se surgisse uma candidatura a deputada estadual em 2018? Vontade não lhe falta, juízo também. Evanira Barreto sabe que disputar uma vaga na Assembleia requer um planejamento e estrutura bem maiores do que uma disputa municipal. Mesmo que todos os cerca de 12 mil eleitores de Ribeirópolis votassem nela (algo impossível) ainda não seria eleita.
E mais. Imagine que a ex-prefeita do Aleixo, Selma de Mauro e a prefeita Vera de Aparecida, fossem convencidas por Jackson a penhorar apoio a Uíta, como ventilam alguns, ainda não seria suficiente. Para o bem ou para o Mal a escolha de ir para o PMDB tem ônus. Disputar uma cadeira na Alese no mesmo partido de Garibalde Mendonça, Zezinho Guimarães, Luciano Bispo, Gorete Reis, e possivelmente o secretário Zezinho Sobral, Alexandre Figueiredo, filho de Benedito Figueiredo e ainda alguém do clã do secretário Almeida Lima, é uma tarefa dificílima. E Uíta sabe disso.
E como ficaria a relação com seu aliado Zezinho Guimarães, a quem apoia por duas eleições seguidas? Encarar uma candidatura apenas para, digamos, “dificultar a vida de Georgeo Passos”, pode ser um suicídio político. E Uíta sabe disso.
As lideranças municipais que fazem parte do grupo oposicionista também se dividiram em apoios a Maria Mendonça, alguma indicação de Bosco Costa e outros candidatos que venham a aparecer. E Uíta sabe disso.
A batalha pela Alese marcada para outubro de 2018 não é o foco da ex-prefeita. A cadeira de uma ventilada sala localizada na avenida Barão do Rio Branco, no Centro da cidade é o alvo e sonho de Uíta. Ela quer enfraquecer os Passos já em 2018? Sim. Ela quer ir para uma aventura que pode custar seu futuro político? Não. Para ela, a eleição de um governador que seja seu aliado, manter a parceria com Zezinho e, de quebra, eleger um ou dois senadores que esteja no arco de aliança do Jackson e agora de seu PMDB é bem mais importante. E Uíta sabe disso.
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