Cultura do gasto ou do investimento?
Como diz a musica “Comida” dos Titãs no álbum denominado “Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas” de 1987: (...) A gente não quer só comida, A gente quer comida, Diversão e arte (...).
Cultura do gasto ou do investimento?
No Brasil as Cortes de Leis e de Contas, agregaram uma cultura extrovertida do fazer cultural, visto que, compreendem que realizar investimentos na cultura popular, empoderar e valorizar seus fazedores é tido, ainda, como gasto financeiro. Sendo assim, no momento de crise econômica como estamos vivendo em nosso país, onde temos um governo impopular e usurpador, que não conseguiu emergir, que disponibiliza aos brasileiros um discurso vazio e sem coloração nenhuma de compromisso com o futuro do nosso povo, estamos vendo as nossas festividades culturais se desidratando e correndo sérios riscos de uma anorexia nervosa.
As Cortes de Contas e de Leis precisam compreender que a cultura de um povo, é, e precisa ser na prática da gestão pública, uma política efetiva e de continuidade. Os órgãos fiscalizadores, bem como o poder executivo devem construir urgentemente ações que priorizem a implementação de uma política financeira que proteja o fazer e a identidade cultural da sociedade.
Como diz a musica “Comida” dos Titãs no álbum denominado “Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas” de 1987: (...) A gente não quer só comida, A gente quer comida, Diversão e arte (...).
Estamos nos aproximando dos festejos juninos, uma tatuagem no cotidiano do povo nordestino, um momento de venerar às nossas crenças, de relevo da nossa capilaridade cultural e um período onde pulveriza-se a cultura e a identidade dos principais construtores desse país. Pois, não tenho dúvida que são os nordestinos e sua capacidade de resistir aos martírios climáticos que fortalece a nossa vitalidade enquanto brasileiras e brasileiros.
Contudo, penso que os executivos devem construir uma política de fortalecimento das atividades culturais com lisura e prioridade em suas ações, as quais representam e protegem as nossas raízes. É preciso priorizar nessas atividades os artistas locais, os fazedores e mestres da cultura popular, é fato que nos festejos juninos em grande maioria esses agentes culturais ficam apenas com uma pequena parcela dos montantes que são designados para a construção dos eventos nesse período.
Portanto, o que queremos imprimir com essa análise é que aqueles municípios e estados que por ventura tem tradição com as festividades dos Santos Juninos, possam realizar seus investimentos na cultura popular e em nossos artistas locais, valorizando sempre o que é nosso, construindo uma relação de reciprocidade com quem edifica a cultura no dia a dia. Por outro lado, os órgãos que orientam e fiscalizam, precisam identificar caso a caso e dissolver a concepção jurídica, que realizar os eventos culturais nos momentos de dificuldades financeiras não são prioridades. Ao contrario! É justo, correto e necessário que a fiscalização do erário seja feita, mas, que seja reservada a obrigatoriedade dos executivos fazerem investimentos no fortalecimento da cultura do seu povo.
Penso assim!
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