Marcelo de Ary erra ao romper com Zete e apostar contra a popularidade da prefeita
por Daniel Rezende
Os bastidores da política de Gararu, município do Alto Sertão de Sergipe, estão em plena ebulição desde o início de 2024, quando o secretário Marcelo de Ary (União Brasil) decidiu pela entrega do cargo e rompimento com a prefeita e pré-candidata à reeleição Zete de Janjão (PSD). Para a oposição, foi um presente, pois faltavam nomes para liderá-la, mas para Marcelo pode ter sido uma cilada sem precedentes.
O primeiro fato a ser exposto é que dificilmente um eleitorado ferrenho como o de Gararu conseguirá ser convencido de que Marcelo de Ary é um nome fiel a um projeto de oposição. Foram três anos no colo da administração de Zete, elogiando e concordando com os rumos que estavam sendo tomados. Como agora, às vésperas da campanha eleitoral, o jovem político enxergou defeitos na gestora?
O segundo fato é o de que Zete faz uma gestão organizada, com números que refletem essa aprovação popular: mais de 80% dos gararuenses avaliam a administração como ótima e boa. Um número expressivo e que indica à oposição muita cautela na estratégia de comunicação e eleitoral. Era notório que confrontar possíveis erros da gestão poderia trazer desgaste para as próprias lideranças de oposição.
Nos últimos anos, o que se viu foi um Chico do Povo e uma Elizabeth (sua esposa) em silêncio absoluto em relação a críticas administrativas ou políticas. A exceção era a oposição na Câmara de Vereadores. Essa sim, sempre se posicionou com muita acidez e proatividade, mas dali não nasceu nenhuma liderança capaz de liderar um pleito.
Patinando para escolher um líder, a oposição se viu perdida e ganhou o que consideramos um presente. Afinal de contas, uma possível derrota só trará desgaste para quem empresta o seu nome à chapa, não é mesmo? E foi essa a lógica seguida por Chico e outros.
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