Desistência de Jorge Mitidieri é ato de covardia histórico em Boquim
por Daniel Rezende
O pré-candidato a prefeito de Boquim, Jorge Mitidieri (PSD), anunciou na noite da última terça-feira, 14, a sua desistência à disputa municipal em uma reunião com os pré-candidatos a vereador e demais lideranças do seu agrupamento. A notícia caiu como uma bomba na política local e atingiu em cheio as pretensões da oposição, que se organizava firmemente em torno de Jorge para vencer a disputa contra o sucessor do prefeito Eraldo, o pré-candidato Juquinha das Plantas.
Não há rodeios para justificar a atitude do tio do governador Fábio Mitidieri (PSD) à essa altura do campeonato: Foi um ato de covardia e irresponsabilidade política. Pouquíssimos casos na política de Sergipe podem ser comparados ao anúncio de Jorge e na história de Boquim jamais houve um ato de covardia parecido.
Antes de colocar a pré-candidatura em campo, a classe política tratava com desdém a possibilidade de Jorge vir à disputa municipal. É que essa não é a primeira vez que o empresário recua do embate eleitoral e deixa apoiadores na mão. Esse histórico negativo já pesava contra o Mitidieri e eram raros aqueles que acreditavam que, desta vez, a disputa seria “para valer”.
Agora a covardia se confirma e é acompanhada de pitadas de irresponsabilidade de uma pessoa que, aparentemente, não trata a política partidária com a seriedade necessária. Afinal de contas, Jorge Mitidieri montou um grupo muito forte, com diversos dissidentes do agrupamento do prefeito Eraldo Andrade (Progressistas) que agora se encontram “abandonados”, sem uma liderança firme para tocar o barco e comandar um projeto opositor.
A seriedade na vida particular e empresarial, cujo currículo não possui uma vírgula de macula, de fato, não combinam com as atitudes tomadas por Jorge no âmbito da política.
Nos próximos dias, o agrupamento de oposição tomará a decisão de quem comandará esse barco sem capitão, mas em termos de competitividade dificilmente haverá alguém possa enfrentar o pré-candidato de Eraldo em um momento tão tardio.
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