Operações do Deotap em período eleitoral afrontam a democracia em Sergipe


17/09/2024 08:09

 

O início da terça-feira, 17, foi de novidades no âmbito de investigações policiais envolvendo administrações públicas em Sergipe. Faltando 20 dias para o pleito eleitoral, o alvo da vez é o prefeito de Salgado, Givanildo Costa (PT), e sua gestão à frente do município. O protagonismo da investigação? Mais uma vez o Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap).

Esta não é a primeira vez que o departamento da Polícia Civil do Estado de Sergipe age em período eleitoral e não é a primeira vez que suas operações realizadas neste período geram suspeição da opinião pública acerca de possíveis usos da força policial do estado para perseguir adversários e favorecer aliados. Essas hipóteses são cada vez mais levantadas e discutidas pela própria população, mesmo com raríssimas discussões oriundas da imprensa.

Basta abrir os comentários de qualquer página dos veículos de comunicação nas redes sociais e se tornará tarefa fácil medir a temperatura da população sobre esses fatos. Há um sentimento uníssono de possibilidade de um ato de injustiça em andamento. Bem que a Secretaria de Segurança Pública e o Deotap poderiam evitar tal desgaste, não?

Por motivos óbvios de bastidores, mas estranhos à opinião pública, esse assunto é raro nas redações e a normalização de ações que desestabilizam as disputas eleitorais se tornou comum e perigosa, principalmente à democracia no estado.

Quando a gestão possui histórico de idoneidade e nenhum escândalo registrado ao longo dos anos anteriores, a exemplo de Salgado, em que o prefeito Givanildo é adversário de aliados ao governador, a situação se mostra ainda mais delicada. Ora, se há irregularidades, por que necessariamente as investigações precisam ser deflagradas restando mínimos dias para o 6 de outubro? Por que tais possíveis desvios de condutas não são pautados nas salas do Deotap em momentos de “neutralidade”?


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