2026: Valmir ensaia surfar nova onda e Emília pode ser trunfo, mas Mitidieri não pode ser subestimado

Os setores que compõem a oposição ao governador Fábio Mitidieri (PSD) estão animados desde o sucesso da candidatura de Emília Corrêa (PL) à Prefeitura de Aracaju. O mais entusiasmado, sem dúvidas, é o prefeito eleito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), que enxerga na também prefeita eleita o renascer de uma onda que por pouco não o levou a ser governador em 2022.

Valmir acredita piamente que a vitória de Corrêa é o combustível que restava para ensaiar um retorno à disputa pelo Governo do Estado. E esse sentimento tem se espalhado com muita força, reconquistando ex-adeptos que se desiludiram com o itabaianense em 2022 e atingindo uma parcela da população que rejeita o governo de Fábio Mitidieri.

Para chegar ao seu objetivo, Valmir, porém, precisará se livrar de alguns entraves e talvez o mais difícil deles esteja no universo jurídico. As pendências do prefeito eleito já o fizeram perder o mandato de governador em 2022 e há quem aposte que culminem também na perda do novo mandato de prefeito. Para além disso, o filho de Francisquinho precisa lidar também com a oposição dentro da própria oposição.

Já não é segredo nenhum o estremecimento da sua relação com os Amorins e com a própria Emília. Ao que parece, a falta de confiança em Valmir é compartilhada pelo agrupamento, mas principalmente pelo cabeça do PL: Edvan Amorim. Nesse ínterim, não se deve descartar uma candidatura da própria Emília ou do seu vice Ricardo Marques (Cidadania) em 2026. Se até o ano eleitoral a dupla demonstrar ações de impacto à frente da Prefeitura de Aracaju, o tapete vermelho poderá ser estendido para a disputa ao governo.

Ainda que com essas amarras, o oba-oba em torno da candidatura de Valmir tem sido inevitável e crescente, mas não significa que essa intensidade se manterá até os idos de 2026. Até porque, poucos analistas têm levado em consideração o cenário mais próximo da realidade no Estado de Sergipe nas últimas décadas: A reeleição de quem já está no poder.

E por mais que Fábio hoje erre exacerbadamente, se comportando como um político juvenil em festas e nas discussões com os movimentos sociais e sindicais, é improvável que este chegue em 2026 com a avaliação negativa com que se encontra no momento. É válido lembrar que os cofres do estado em breve ganharão um “recheio” para lá de confortável com a chegada dos recursos bilionários da venda da Deso. E não tenham dúvidas! Para além das festas, Mitidieri conseguirá emplacar obras e ações de impacto que podem, tranquilamente, o encaminharem para uma reeleição.

A verdade é que o governador terá a faca e o queijo na mão e não há Valmir, Emília, Ricardo, Amorins ou qualquer outro que conseguirá abocanhar o estado caso este venha a acertar a mão com o caixa que terá disponível.

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