Kitty Lima retorna à Alese com a missão de resgatar força política


13/12/2024 16:03

Da Redação Política de Fato

A ex-vereadora, ex-deputada estadual e atual superintendente de Proteção Animal do Estado de Sergipe, Kitty Lima (Cidadania), terá um desafio gigante a partir de janeiro de 2025: Retomar o seu mandato de deputada estadual e, consigo, o prestígio político junto ao eleitorado.

Sem mandato desde o fim de 2022, quando não conseguiu a reeleição para deputada estadual, a ex-parlamentar passou à condição de primeira suplente do Cidadania na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e foi agraciada com o convite do governador Fábio Mitidieri (PSD) para assumir a recém-criada Superintendência de Proteção Animal. A partir da vitória do deputado Samuel Carvalho (Cidadania) à Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro, Lima foi convocada e agora se prepara para voltar ao cargo de deputada em janeiro de 2025.

É esperado que esse retorno à Alese seja intenso para Kitty. Afinal, desde as eleições de 2022 foi notório o movimento de “exaustão” da sua força política. Mas trata-se de um processo natural e que todo e qualquer ator político está fadado a enfrentar. Ao ser eleita com 18.008 votos em 2018, era esperada uma atuação mais destacada enquanto deputada, principalmente em termos de políticas efetivas para a causa animal, mas as barreiras enfrentadas por Kitty Lima no percurso do seu mandato a fizeram frustrar uma parcela significativa do eleitorado que a encarava com grandes expectativas.

O desafio na Superintendência também se converteu em certa frustração, com poucos recursos e pouca busca ativa de recursos que ajudassem a desenvolver ações com maior visibilidade. O único espaço de destaque para o órgão tem sido no “Sergipe é Aqui”, realizado pelo Governo do Estado, e que conta com o serviço de castrações gratuitas liderado por Kitty nos municípios.

Mas o pior dos erros veio mesmo em 2024, quando Lima decidiu não se candidatar a vereadora e apoiar a campanha do seu namorado Adriano Bandeira (MDB), cuja candidatura culminou em apenas 1.392 votos. Nesse percurso, Kitty tentou emplacar a narrativa de que Bandeira era um defensor da causa animal e prejudicou o seu próprio capital político, a levando a críticas pesadas de protetores e defensores da causa.

Retornando à Assembleia, a deputada precisará ralar muito, se reinventar e mostrar muita maturidade para reconquistar o eleitorado, principalmente da defesa animal, além de atingir novos públicos que se identifiquem com o seu perfil de representante da nova política.


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