A tranquilidade política está próxima do fim em Nossa Senhora da Glória


24/12/2024 16:22

Uma década e alguns quebrados fizeram da Capital do Sertão de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, uma das cidades com maior ritmo de desenvolvimento de Sergipe e quiçá de toda a região Nordeste. E se há quem diga que a tranquilidade política e a responsabilidades das gestões que por ela passaram foram cruciais para alcançar esse impressionante patamar, o que esperar de um futuro em que esses dois fatores correm o risco de ceder a um desequilíbrio?

Essa dúvida está cada vez mais nítida nas cabeças pensantes que estudam e avaliam a política de Glória desde que o ex-prefeito e líder inconteste das últimas décadas da cidade, Sérgio Oliveira (PSD), anunciou que vai “pendurar as chuteiras” em dezembro de 2026, ou seja: Não vai interferir com uma palavra sequer nas futuras eleições do município.

Ainda há quem diga que o político blefa com essa afirmação, mas até o momento ele sustenta com total convicção e admite um cansaço que os anos da política o trouxeram e que, por consequência, o fazem planejar um futuro mais tranquilo e longe desse “corre-corre” tão dinâmico que o jogo político traz.

Diante disso, vem a dúvida sobre a manutenção da unidade deste agrupamento que governa Glória desde 1996 – com exceção de 2005-2008, com a gestão de Zico – e que não dava sinais de ruptura nas mãos de Sérgio. Hoje o candidato natural da sucessão da prefeita Luana Oliveira (PSD) é o seu vice eleito, Júnior Gazeta (PSD), mas o deputado estadual Chico do Correio (PT) não nega, como também não admite, o desejo de voltar a gerir a prefeitura municipal.

Recentemente, em Brasília, estava ele, Sérgio Oliveira e mais cinco vereadores, quando o líder sugeriu algumas arrumações que envolviam o futuro político da cidade, com vistas a evitar uma briga futura. Sérgio sugeriu a unidade do grupo pela reeleição de Chico a deputado e a sua indicação do vice do futuro candidato a prefeito Júnior Gazeta em 2028. A resposta de Chico? O silêncio seguido da afirmação de que está cedo demais para discutir o futuro.

Essa resposta, somada à iminente candidatura a deputada estadual da atual vice-prefeita Vaneide de Nivaldo (Sem Partido) e o seu desejo de também ser uma candidata a prefeita em 2028, fazem qualquer analista político crer que o grupão tende mesmo a ruir. E, se ruir, em qual grau de prioridade estará a manutenção do pleno desenvolvimento da cidade em detrimento dos egos e ambições política?


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