Na esteira dos adversários, Alessandro pode repetir estratégia vitoriosa em 2018


28/01/2025 19:58

Da Redação Política de Fato

O ensinamento popular diz que um raio não cai mais de uma vez no mesmo lugar, mas a ciência já comprovou que essa máxima foi superada. E o senador Alessandro Vieira (MDB) aposta nela para repetir uma estratégia bem-sucedida nas eleições de 2018.

É que naquele ano o senador alcançou a absurda marca de 474.449 votos. Uma votação digna de um fenômeno político! Mas que uma breve análise política consegue explicar com facilidade: O então delegado foi o segundo voto ao Senado Federal da maioria dos seus eleitores.

A ferrenha disputa entre Rogério Carvalho (PT), André Moura (PSC), Jackson Barreto (MDB), Valadares (PSB) e até mesmo Pastor Heleno (PRB) e Henriclay (PPL), abriu espaço para um fator comum entre todos, até mesmo nos mais ideológicos de esquerda e direita: O voto naquele que consideravam uma aposta salutar em se fazer, mesmo sem muita perspectiva de vitória. Nome novo, histórico policial e investigativo formidável e um pouco da narrativa de perseguição política durante o seu afastamento do Deotap no governo Jackson. Todos esses elementos foram jogados num caldeirão que formou a mistura perfeita para o êxito do delegado.

Agora em 2024, Vieira vive uma maré negativa. Está enfraquecido pelos recentes insucessos, mas carrega uma reputação de político ilibado, que sempre agiu como achou correto no senado, mostrando independência e personalidade. Na prática desagrada gregos e troianos, mas ao mesmo tempo mantém uma coerência invejável.

É muito difícil que consiga repetir a fabulosa votação de 18, mas e se o cenário se repetir e mais uma vez os adversários o subestimarem, se digladiarem e o deixarem “comer pelas beiradas”? Neste ano a disputa ao Senado levará dois nomes a ocuparem cadeiras na Casa Parlamentar. Muito provavelmente haverá um embate polarizado e ferrenho entre direita e esquerda, envolvendo o senador Rogério e o possível candidato ao mesmo cargo, Rodrigo Valadares (UB). Também há André Moura, Adailton Sousa e Edvaldo Nogueira como nomes especulados. Nenhum desses se bica, ainda que estejam nas mesmas chapas, e portanto devem acumular desaforos e ataques um contra o outro durante o pleito, deixando Vieira mais uma vez como “carta fora do baralho” e solto para fazer sua política.

Apostar sai caro e negar uma é compreensível, mas subestimar Alessandro Vieira pode ser uma escolha arriscada.


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