Oposição desarticulada faz Ricardo e Georgeo se desenharem como chapa alternativa

Da Redação Política de Fato

Nos bastidores da política sergipana, é perceptível a maneira morna como a oposição, apesar de comandar a prefeitura da capital, vem conduzindo as articulações para o pleito do próximo ano. Com exceção de tímidas movimentações, como a de Rodrigo Valadares (União Brasil) para o senado, o agrupamento não tem demonstrado tanta disposição em se organizar.

No entanto, alguns atores políticos da oposição estão ficando inquietos com essa morosidade. O deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania), por exemplo, tem aparecido publicamente, em entrevistas e na própria tribuna da ALESE, no sentido de evidenciar a necessidade de união e construção do grupo.

Georgeo, inclusive, defendeu, em entrevista concedida ao jornalista Luiz Carlos Focca, a construção do nome do vice-prefeito de Aracaju, Ricardo Marques (Cidadania) enquanto cabeça de chapa da oposição em 2026. Além disso, colocou-se à disposição para eventualmente representar o grupo nesta disputa, desde que haja a mobilização dos envolvidos.

Até então, a prefeita Emília Corrêa (PL) não tem se movimentado em relação ao pleito vindouro, mas certamente será necessária a sua efetiva participação no processo, haja vista o impacto que poderá causar em seu agrupamento na capital. Enquanto isso, os "players" da oposição tem se articulado de maneiras isoladas, o que ocasiona um certo conforto no projeto de reeleição de Fábio Mitidieri (PSD).

Com as últimas movimentações, Georgeo Passos está tentando acordar os colegas de grupo e fazê-los entender a importância de pensar em 2026. Com isso, deve estar se fortalecendo, ainda que timidamente, como protagonista de um projeto que pode vingar se contar com o engajamento das demais lideranças, tendo em vista sua capacidade de diálogo e sua qualificação para ocupar espaços estratégicos.

Ricardo Marques, por sua vez, é naturalmente um nome bem cotado e que tem condições muito favoráveis, levando em conta sua condição de vice-prefeito de Aracaju e flexibilidade em poder concorrer a qualquer cargo eletivo em 2026 sem perder o posto. Caso o agrupamento decida investir em seu nome, com o afinco de Emília, Fábio terá muito trabalho.

A oposição sergipana conta com importantes nomes e, com a liderança da prefeita Emília e a compreensão de Valmir de Francisquinho, que está um tanto quanto frio a nível de estado e não pensa coletivamente, poderá participar do pleito eleitoral com potencial de derrotar o grupo do governador.

Para isso, os projetos individuais precisam ser ponderados e incluídos numa proposta coletiva de agrupamento. Enquanto isso não ocorre, Georgeo e Ricardo são ventilados e podem, com o dinamismo típico da política, serem credenciados pela população sergipana.

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