Gestão do prefeito Roberto Barracão apresenta situação financeira encontrada na Prefeitura de Poço Verde


12/03/2025 11:06

A secretária de finanças da Prefeitura de Poço Verde, Erivalda Farias (Vadinha), utilizou a tribuna livre na sessão ordinária da Câmara Municipal de Vereadores, na noite desta terça-feira, 11, para apresentar a situação orçamentária e financeira deixada pela gestão do ex-prefeito Iggor Oliveira (PSD), que esteve à frente da prefeitura nos últimos oito anos. Entre as inúmeras inconsistências encontradas pela gestão do prefeito Roberto Barracão (UB) em 2 de janeiro de 2025, a completa escuridão sobre a aplicação da primeira parcela da concessão parcial da Deso no valor de R$ 9.844.843,83.

A gestora da pasta mostrou, com provas documentais, que todo o recurso da Deso foi transferido insistentemente para contas de livre movimentação entre os dias 24 e 31 de dezembro de 2024. O extrato bancário de dezembro aponta que os valores foram direcionados para contas que, até o presente momento, estão em processo de análise detalhada, a fim de elucidar o efetivo gasto do recurso, visto que não consta pagamentos efetuados aos fornecedores e evidencia o descumprimento do plano de aplicação de recurso assinado pelo até então secretário de finanças, Antonio Mário Almeida Fonseca.

“Eu devo confessar que fiquei bastante triste com o que nós encontramos. Nós tivemos a infelicidade de encontrar um município em uma situação que poderia estar melhor estruturado e com condições de devolver para as pessoas que aqui residem o que elas de fato merecem receber. Quando o dinheiro da Deso entrou não foi para o Portal da Transparência, não sabíamos o número da conta e nem os pagamentos que estavam sendo feitos porque isso tudo foi lançado de forma extemporânea, ou seja, fora do tempo apropriado. Gastaram o dinheiro à vontade em dezembro sem prestar contas”, relatou a secretária de finanças, Everalda Farias.

Além disso, o relatório situacional apresentado pela gestora demonstrou a desordenada gestão dos recursos mediante a inadimplência com a própria Deso, pois a gestão do ex-prefeito Iggor Oliveira deixou uma dívida que soma R$ 2.659.537,39 de faturas vencidas do fornecimento de água aos órgãos municipais. Segundo Erivalda Farias, a gestão anterior reparcelou a dívida, trazendo prejuízo de juros e encargos muito avolumados.

“Para entendermos o tamanho do quanto isso é nocivo para a gestão pública, eu trouxe o cronograma de pagamento para que os senhores vereadores vejam que da parcela de renegociação no valor R$ 31.918,92, o município vai pagar R$ 26.595,37 de juros por sua desobediência. Quem deu causa a esse atraso descabido ao não pagar conta de água dos prédios públicos?”, enfatizou a secretária Erivalda Farias.

RETENÇÕES E BLOQUEIOS

Os fatos revelados à Casa Legislativa justificam também a série de retenções e bloqueios que o município de Poço Verde vem sofrendo desde que a gestão do prefeito Roberto Barracão foi empossada. A ineficiência de gerir os recursos públicos pelo seu antecessor será sentida por um longo período.

Farias argumentou que não é possível normalizar que o município sofra bloqueios e retenções como se fosse algo comum porque não é. “Nem tampouco normalizar a ideia de descumprimento de norma legal. Os municípios não sobrevivem somente das suas fontes próprias, eles precisam ter financiamento da União e do Estado, e só conseguimos se fizermos o nosso dever de casa. Porém, encontramos na Receita Federal uma dívida de R$137 milhões de reais e saímos de lá com a indicação de retenção para os próximos meses. A única coisa que conseguimos organizar foi o período em que a retenção será feita para nos ajustarmos um pouco melhor”, explicou.

Para ter acesso ao relatório completo apresentdo pela gestora, clique no link:

https://www.youtube.com/live/eUMCOUpb3cw?si=ijR1aWm37xFVZFwN

Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Poço Verde


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