Queimado após voto pela PEC da Blindagem, Rodrigo se vê encurralado na disputa ao Senado
O assunto que ganhou os holofotes da imprensa brasileira – e internacional - e que mais repercutiu, desde a semana passada, foi a votação da PEC da Blindagem. Não só pelo absurdo que foi a proposta, mas principalmente pelos atores que foram favoráveis ao que seria um dos maiores retrocessos da história do país, caso não fosse aniquilada.
Um desses atores foi o sergipano e deputado federal Rodrigo Valadares, bolsonarista, defensor dos bons costumes e de uma política que ele intitula como honesta, anti-sistema e revolucionária.
Mas, logo ele, tão farto de atributos morais, foi um dos três deputados federais sergipanos a votar pelo projeto que aumentaria as regalias e proteção a políticos que cometessem crimes - desde os mais leves aos mais absurdos, tais como homicídio e estupro.
O voto de Rodrigo deixou sua base de cabelo em pé, deixando-o encurralado na pretensão em disputar o Senado em 2026. Seu desejo quase que irreversível de dar um passo maior na carreira política refletiu-se bem menor que a tentativa de fazer com quem bandidos trajados de terno e gravata se blindassem. Foi uma verdadeira queimação com um eleitorado que espera o inverso da atuação parlamentar.
O caminho que Rodrigo pretende percorrer se torna ainda mais longo por ter como um dos seus principais adversários o Delegado Alessandro Vieira. Partiu do sensor a relatoria da PEC na CCJ do Senado que sepultou esse absurdo de uma vez. Seu relatório pela rejeição foi aclamado pelos colegas parlamentares, pela sociedade, e consolidou seu posicionamento firme na luta pela transparência e pela moralidade na política.
Quer receber gratuitamente as principais notícias do Política de Fato no seu WhatsApp? Clique aqui.