Prepotência de André Moura pode complicar agrupamento governista

Na última sexta-feira, 04, durante entrevista à imprensa, o ex-deputado federal André Moura (União Brasil), protagonizou um momento um tanto quanto contundente em relação ao cenário eleitoral sergipano.

Ao ser questionado sobre o eventual apoio do governador Fábio (PSD) ao senador Alessandro (MDB), e a consequente parceira de ambos no mesmo palanque político, André esboçou uma reação estranha e disse ao repórter que quer falar de “coisa boa”, deixando implícito que encara o senador como algo negativo.

Quando perguntado sobre o mesmo cenário com o ex-prefeito da capital Edvaldo Nogueira (PDT) , André foi ainda mais ríspido, dizendo que só caminha com quem é “gente do bem” e afirmando que o ex-gestor agiu de maneira covarde e mentirosa nos embates políticos.

A aversão de André a Alessandro não é novidade, tendo em vista que o atual senador o derrotou nas urnas em 2018 e foi o responsável pela decepção eleitoral do mesmo naquele ano. No entanto, cabe ressaltar que o parlamentar tem sido um dos grandes aliados do governador e sendo um dos protagonistas do agrupamento de situação.

Além disso, as divergências entre André e Edvaldo também são de conhecimento público e não são de hoje, uma vez que o ex-deputado injetou um montante considerável de recursos durante a gestão do ex-prefeito aracajuano e não obteve o apoio político esperado. Porém, o pedetista também é um quadro relevante do agrupamento de Fábio e deve ser levado em conta nas movimentações políticas.

Com esse comportamento incisivo e com pitadas de arrogância, o ex-deputado federal mais atrapalha do que ajuda o governador Fábio na sua missão de manter o grupo unido em prol de sua reeleição. Alessandro e Edvaldo são lideranças que fazem parte do mesmo grupo de André, então é incoerente que este esteja constantemente criando intrigas com ambos.

Com a proximidade do pleito eleitoral de 2026, Fábio terá que encarar o desafio de “podar” André e fazê-lo entender que não é a única liderança do grupo, que possui vários outros nomes relevantes e influentes. Caso contrário, o agrupamento estará fadado e esses desgastes internos ocasionados pela prepotência do ex-deputado.

Por Redação Política de Fato

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