Liderança em cheque? Disposição de Lúcio Flávio no debate sobrepõe um Isaac sem apetite


30/04/2025 15:47

Os primeiros debates da atual legislatura da Câmara de Vereadores de Aracaju deram a tônica de como deve se configurar a movimentação das bancadas nos próximos quatro anos. Pelo lado da oposição, é possível avaliar um destaque ao líder da oposição Elber Batalha (PSB); em contrapartida, pelo lado da situação, há uma bancada farta de vereadores silenciosos, já bem acomodados, como de costume na maioria das Casas Legislativas em todo o país. À parte disso, figura com uma certa neutralidade de ocasião o presidente Ricardo Vasconcelos (PSD).

Avaliando o silêncio travestido de omissão em questões fundamentais para a cidade pela situação, há que se destacar duas figuras da bancada da prefeita Emília Corrêa (PL) que estão no centro dos debates. Um com um apetite sonolento de cumprimento de obrigação e o outro faminto pela defesa do seu projeto ideológico de cidade.

Aqui falamos, é claro, dos vereadores Isaac Silveira (UB) e Lúcio Flávio (PL), líder e vice-líder da oposição, respectivamente. O primeiro foi escolhido pela prefeita pela experiência no parlamento, por demonstrar trânsito livre nas duas bancadas e pelo perfil ideológico neutro, mas é o segundo que se apresenta como verdadeiro aliado ideológico, alinhado com os princípios da prefeita e entusiasta da candidatura de Emília desde o início da sua construção. O porém é o perfil intransigente quanto às diferenças ideológicas dos colegas, o que dificultaria seriamente o poder de articulação da prefeita na CMA.

Administrar esses egos não tem sido fácil para Emília. O vereador Lúcio não hesita em entrar nos debates mais acalorados e mostra argumentação até mais convincente nas entrevistas e falas na tribuna. Isaac, quando não se omite, argumenta como quem pondera muito mais o lado crítico à prefeita do que propriamente a defende, deixando nas entrelinhas uma clara falta de alinhamento ou até mesmo insatisfação com a posição que hoje ocupa.

Cedo ou tarde, Corrêa precisará escolher entre um líder com sede de defesa do seu projeto, mas com uma certa intransigência no diálogo com colegas sem alinhamento ideológico, ou um líder de voz murcha que exibe uma articulação que beira a timidez.

 


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