Maioria dos federais de SE votaram favorável à PEC do Distritão
Proposta foi derrotada na noite de terça-feira, 19.
Já passava das 22 horas quando o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou na noite da última terça-feira, 19 o trecho da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/2003 que cria o sistema eleitoral em que são eleitos os deputados federais, estaduais e vereadores mais votados no pleito, também conhecido como “distritão”. A votação teve como resultado 205 votos a favor e 238 contra, com uma abstenção, o trecho da emenda que, na prática, tornaria o voto majoritário para deputados federais e estaduais (já a partir de 2018) e vereadores (2020 em diante).
O texto rejeitado em plenário foi o substitutivo do relator Vicente Candido (PT-SP) para a PEC 77/2003, que também previa sistema distrital misto a partir das eleições de 2022. Por esse modelo, o eleitor vota duas vezes: a primeira, em candidatos em disputa em um dos distritos em que o estado foi dividido; a segunda, em uma lista de candidatos preordenada pelos partidos no pleito.
Dos oito parlamentares sergipanos apenas 2 foram contrário à proposta do distritão: Valadares Filho (PSB) e João Daniel (PT). Já Adelson Barreto (PR), André Moura (PSC), Fábio Mitidieri (PSD), Fábio Reis (PMDB) e Laércio Oliveira (SD), foram votaram sim ao modelo rejeitado. De acordo com painel de votação, o deputado Jony Marcos (PRB) estava ausente do plenário.
Entenda como funcionaria o modelo “distritão”
Pelo distritão, seriam eleitos apenas os mais votados. Não haveria mais o voto em legenda. A mudança foi bombardeada por cientistas e analistas políticos que veem nesse sistema uma porta escancarada para a reeleição dos atuais parlamentares e a vitória de personalidades já amplamente conhecidas do público, como apresentadores de rádio e TV, artistas, esportistas e líderes religiosos.
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