Capitão que trouxe sensação de paz é afastado após episódio do cavalo preso

Por Aparecido Santana, redação Sergipenet.

A frente da 3ª Companhia do 3º Batalhão de Polícia, o Capitão Wagno amenizou os índices de violência registados em cinco cidades (Ribeirópolis, Nossa Senhora Aparecida, Malhador, São Miguel do Aleixo e Moita Bonita). A "crucificação" por um primeiro erro é a maior injustiça ao "Capitão Eficiência".

De acordo com o capitão não houve prisão. "O cavalo que é apenas um bem, nesse caso foi o instrumento com o qual o dano acabou sendo produzido no automóvel. Sua retenção foi o meio encontrado pelos policiais para que os responsáveis tratassem com a vítima sobre a reparação do prejuízo que com ele foi produzido. Na manhã de hoje (13), quando as partes entraram em acordo na delegacia, o animal foi restituído ao proprietário", relata.

"Frise-se que o animal não sofreu maus tratos. Ele foi colocado numa espécie de área de serviço do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) e o homem que se apresentou como seu proprietário teve autorização para disponibilizar mais água e comida para o animal até a manhã de hoje, quando a situação foi resolvida", acrescenta Wagno.

Após a repercussão até mesmo internacional da prisão de cavalo que desferiu coice em veículo na cidade de Nossa Senhora Aparecida, o Capitão se tornou o alvo, e como consequência o secretário de segurança pública, João Eloy de Menezes, determinou o afastamento do mesmo.

Apesar dos recentes homicídios registrados em Ribeirópolis, Capitão Vagno foi o responsável pela sensação de paz na região. Com ele a frente da 3ª companhia, a cidade de Ribeirópolis ficou 120 dias sem registrar nenhum homicídio, e as demais cidades com o registro de poucos casos. O número de furtos e roubos diminuíram praticamente em 100% nas cidades.

As pessoas que fechavam as portas às 19h passaram a ficar até mais tarde nas suas casas, em decorrência do policiamento 24h nas cidades. Os relatos de eficiência do capitão são inquestionáveis, os seus comandados inclusive frustraram sequestro, evitaram diversos furtos com prisões e troca de tiros com bandidos, porém paga caro a espetacularização de um fato atípico.

Na cidade de Aparecida, por exemplo, dificilmente se vê a presença da Polícia Civil e os militares acabam se responsabilizando por todas as situações. 

Nota da Polícia Militar do Estado de Sergipe:

Diante da repercussão do ocorrido no último domingo, 12 de novembro, na cidade de Nossa Senhora Aparecida, relacionado ao recolhimento de um animal à delegacia local, o Comando da PMSE determinou que o Oficial permanecesse trabalhando normalmente na sede do 3º BPM, em Itabaiana, até a conclusão da rigorosa apuração instaurada em torno dos fatos, principalmente no que se refere à denúncia de maus tratos supostamente sofridos pelo equino e as circunstâncias que motivaram a ação policial.

É importante frisar que, apesar da ação cautelar ora adotada, o Comando da corporação reconhece o excelente trabalho que o Oficial vem desempenhando à frente da 3ª Cia/3º BPM desde abril do corrente ano, em Ribeirópolis, onde sua ação de comando junto à tropa proporcionou a redução de todos os índices criminais, notadamente os homicídios dolosos, conseguindo a marca de 120 dias sem que nenhuma vida fosse perdida na área sob sua responsabilidade.

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