Eleições 2018: Que sirva de lição o comportamento do eleitor itabaianense
Itabaiana nunca foi tão dos itabaianenses como em época de eleição.
“Metade dos americanos nunca leu um jornal. Metade nunca votou para presidente. Espera-se que seja a mesma metade”. A frase do escritor e ativista Gore Vidal, se adaptada à realidade brasileira, bem que poderia se tentar obter algumas respostas sobre o comportamento do eleitor. Lógico que seria simplismo ao extremo tomar uma analogia de realidades tão díspares quanto à tupiniquim e a do Tio Sam, para detalhar as variantes da cena politica em que PT chama MDB de golpista, mas deve abraçar-se a Renan Calheiros, Jader Barbalho; tucanos negam as privatizações que promoveram e lucraram; comunistas adotam ideias liberais; liberais abraçam posturas nacionalistas; e por, fim, nos vimos a ter que conviver com a possibilidade (cada vez mais real) de sermos governados por Bolsonaro.
Pois bem. Se tem uma palavra que pode definir as eleições de 2018 é in-de-fi-ni-ção. INDEFINIÇÃO (em letras garrafais para dimensionar os altos índices em que as pessoas não escolheram ou não votarão nas próximas eleições).
Mas tem um exemplo, em Sergipe, que carece aqui de uma avaliação. Trata-se de Itabaiana, a cidade de Luciano Bispo, Maria Mendonça e Thalysson Costa. Também é ceboleiro o senador Eduardo Amorim, além de José Carlos Machado, ex-vice-prefeito de Aracaju que também é filho da terra. Tem origem nas terras da grande pedra, Bosco Costa e Mendonça Prado.
Trazemos a baila estes nomes em virtude do resultado da recente pesquisa de intenção de votos no município serrano que revela uma tendência de a maioria esmagadora dos itabaianenses em votar nos conterrâneos (direta ou indiretamente). Os números mostraram que “itabaianense vota em itabaianense”. E pronto. Simples assim.
Alertamos aos amigos leitores/internautas que não cairemos no maniqueísmo, no simplismo ou fatalismo de caracterizar uma pretensa (pré) candidatura é boa ou ruim; relevante ou irrelevante; vitoriosa ou derrotada. Pelo contrário, chamaremos a atenção da postura dos eleitores: os protagonistas de cada pleito, mas que muitas vezes são surripiados pelo marketing de campanhas caras e promessas irrealizáveis.
Não, caro internauta. O Sergipenet não está comemorando ou fazendo (pré) campanha para quem quer que seja. Na verdade, por dever de justiça, deve-se reverenciar o povo itabaianense por dá uma lição de como se comportar e como votar para depois cobrar. Os tais candidatos copas-do-mundo terão dificuldades em pedir votos por lá.
Se os aventureiros por lá chegarem por poderão ouvir um sonoro e educado “fiducanso” como alerta para ir ciscar em outras cantos.
E de tudo isto o mais importante: nem Luciano, nem Maria, nem Valmir, nem Machado, nem Bosco e nem Mendonça, tampouco Eduardo são donos dos votos do soberano povo ceboleiro. Ao contrário. Nos últimos pleitos a alternância de poder tem provado a tese de que o eleitor está consciente do seu protagonismo.
Bendito seja o povo de Itabaiana.
Alea jacta est: a sorte está lançada.
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