Na luta pela reconstrução da carreira, magistério da rede estadual paralisa dia 12
Na agenda de luta o SINTESE realiza ato em frente ao Palácio de Despachos.
É com a luta e com a resistência nas escolas e nas ruas é que vamos garantir os nossos direitos. Esse foi o sentimento da assembleia dos professores da rede estadual realizada nesta quarta, dia 06, que definiu paralisação da categoria no próximo dia 12. Na agenda luta, ato público em frente ao Palácio de Despachos, a partir das 8h.
“Não vivemos um momento simples, seja nacional ou localmente. E por tanta complexidade é que precisamos estar nas ruas, na luta e na resistência não só pela garantia dos nossos direitos, mas pelos rumos do nosso país”, afirma a presidenta do SINTESE, Ivonete Cruz.
Em quase dois meses de gestão o governo Belivaldo Chagas não apresentou nenhuma proposta para recuperar a carreira do magisgério. Por isso é fundamental que os professores e professoras se somem à luta.
Magistério empobrecido
O cenário dos professores e professoras da rede estadual é de empobrecimento. Com a falta de reajuste do piso na carreira (2012, 2015, 2016, 2017 e 2018) o que acontece hoje é que os integrantes do magistério independente de tempo de serviço ou nível de formação (Médio, Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado) têm o mesmo vencimento inicial (R$2.455,35).
Essa política de destruição foi consolidada no governo de Jackson Barreto e continua sendo praticada por Belivaldo Chagas. De acordo com a fala do secretário da Fazenda, Ademario Alves de Jesus o governo não tem recursos para apresentar uma proposta que inicie a reconstrução da carreira. Com isso, o governo mantem o mesmo cenário de desmonte, abandono e massacre ao magistério estadual.
Diante disso, os professores e professoras em assembleia deliberaram pela paralisação com ato público no Palácio de Despachos para cobrar do governador que ele acorde para a Educação.
Há, inclusive, decisão judicial (a partir de ação impetrada pelo SINTESE) assegurando o reajuste para todos os níveis da carreira, mas o Governo do Estado se utiliza de malabarismos jurídicos para não cumprir a decisão.
Ensino Médio em Tempo Integral
A direção do SINTESE colocou mais uma vez a necessidade dos professores e professoras ficarem atentos e resistirem ao modelo de Ensino Médio em Tempo Integral - EMTI implantado pela Secretaria de Estado da Educação desde o ano passado.
O sindicato tem alertado que a forma com que o EMTI foi implantado em 42 escolas vai trazer prejuízos não só no campo financeiro (diminuição de recursos decorrente da redução das matrículas), mas nos postos de trabalho (professores sem ter onde trabalhar), quanto no que diz respeito ao direito à Educação. Aqueles que por diversos motivos não podem estudar de forma integral têm o seu direito à Educação negado pelo governo do Estado.
Por Sintese.
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