Denúncia gera atrito entre prefeitos: “Ele não pode chegar na porta do hospital e barrar o paciente”

Na Rio FM, Zete rebateu as declarações do prefeito e mostrou que não ficou nada satisfeita com o tom adotado pelo prefeito e sua gestão


02/03/2023 16:18

por Daniel Rezende

A denúncia exposta pelo Política de Fato sobre uma moradora de Gararu que precisou de atendimento médico e foi negado em uma UPA de Porto da Folha, foi alvo de atrito público entre os prefeitos de Porto da Folha, Miguel de Dr. Marco (PSD), e Zete de Janjão (PSD). Ambos participaram do programa Jornal da Rio apresentado por Gilson Neto na Rio FM e se defenderam diante da denúncia.

Para entender melhor, o ouvinte precisa reler a matéria anterior do Política de Fato, no qual noticiamos que uma paciente reclamou da falta de atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Francisco Rollemberg, localizada em Porto da Folha. O fato aconteceu nesta quinta-feira, 2, conforme relato da denunciante. A cidadã, que preferiu não se identificar, informa que é residente no município de Gararu, mas alega que tentou o atendimento no município vizinho porque a unidade de Gararu não funciona durante a noite.

Ao Política de Fato, Miguel de Dr. Marco afirmou que tentou resolver a questão com a prefeita correligionária, mas como não obteve sucesso, decidindo por cancelar os atendimentos aos gararuenses. “Zete vinha contribuindo com uma equipe médica uma vez por semana e nós entrávamos com duas equipes médicas, mas a demanda de Gararu passou a ser muito alta, com mais de 500 atendimentos por mês e uma média de gastos de R$ 300 mil só com os pacientes de lá [...] No começo do ano nós conversamos e eu solicitei que ela pagasse uma equipe por dia, que daria R$ 30 mil por mês. Ela disse que não era possível”, reclamou o portofolhenses.

Na Rio FM, Zete rebateu as declarações do prefeito e mostrou que não ficou nada satisfeita com o tom adotado pelo prefeito e sua gestão. “Eu entendo que a saúde pública não existe portas fechadas, tem que ser portas abertas, o que eu esperava era atender o paciente, fazer a triagem e, dependendo do quadro, encaminhar para acidade [...] Ele não pode chegar na porta do hospital e barrar o paciente”, disse.

A prefeita afirmou que foi surpreendida com a informação e discordou da postura adotada pelo prefeito do município vizinho. “A gente respeita a decisão de Miguel, mas ele deveria manter o convenio e depois resolvíamos a questão com o estado. Porém, ele disse que não teria interesse [...] Foi uma surpresa para mim receber ontem a informação de que não atenderia mais Gararu”, completou.

Enquanto trocam farpas, a população de Gararu permanece sem atendimento, tendo em vista o quadro de Saúde Pública defasada no município e a atual suspensão do convênio com Porto da Folha.


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