Vereador desmonta a oposição de Cristinápolis e colegas lamentam: “Foi uma grande surpresa”
A renúncia do vereador Ícaro Hora (PV) provocou um redemoinho na política de Cristinápolis, município que há meses vive um clima de guerra política que culminou até mesmo em denúncias que foram veiculadas a nível nacional pela TV Globo.
A saída repentina do cargo provoca uma mudança de eixo na Câmara Municipal. Ao que tudo indica, o prefeito Sandro de Jesus (PT) passará a ter maioria simples, tendo em vista que o suplente Miminho de Severo (PV) é alinhado com o prefeito municipal.
Em dezembro o Política de Fato destacou o importante papel que a Câmara de Cristinápolis e sua bancada de oposição vinham prestando com a CPI dos Contratos. Na época, o próprio Ícaro classificava como “alarmantes” os indícios de corrupção apresentados nos contratos do município sob a gestão de Sandro. Além de Ícaro, outros cinco vereadores assinaram a criação da CPI e vinham atuando em unidade, de forma coesa, em um bloco formado pelos vereadores Professora Elielma (PT), João Flavinha (PT), Zedinho de Nega (PP), Landinho (PDT) e Placa (PT),
Em entrevista ao Política de Fato, o vereador e presidente da Câmara, Placa, disse que a informação foi uma “grande surpresa” para todos.
“[...] Ícaro parecia muito motivado e comprometido com a missão de passar a limpo todos os atos da gestão municipal. É uma pena que a expectativa que a população de Cristinápolis tinha em torno da sua atuação como parlamentar não foi colocada na balança. Vamos seguir em frente, os erros cometidos pela gestão municipal já estão consumados e vamos continuar investigando e fiscalizando. Tenho respeito pelos votos que recebi e, jamais irei abandonar a missão que me foi dada”, alfinetou o vereador.
Ao Portal Fan F1, Ícaro deu uma declaração inédita e colocou a renúncia na conta da insegurança em que vivia desde que assumiu a CPI:
“Não estava vivendo a minha vida, família em casa, todo mundo preocupado. Agora sigo a minha vida sem política. Tive que tomar uma decisão muito difícil na minha vida. O que custa a sua paz é muito caro. A CPI vai prosseguir com os outros membros. Todos na cidade, sem exceção, só falavam uma coisa só, ‘tome cuidado porque o cara aí é barra pesada’. Eu não podia chegar em casa sozinho, estava sempre acompanhado por alguém. Todo mundo apavorado em casa”, revelou o vereador.
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